Há indústrias onde o emprego atípico se está a tornar normal É possível ter empresas maioritariamente com trabalhadores temporários?
Há exemplos de indústrias onde o emprego atípico se está a tornar o emprego normal. Na indústria hoteleira, por exemplo.
A utilização de contratos atípicos é uma escolha consciente das empresas?
As empresas recorrem a estes contratos por diferentes razões. Porque precisam de flexibilidade e porque precisam de poupar nos custos. Ao mesmo tempo são também estratégias organizacionais. Temos empresas que empregam trabalhadores temporários de forma intensiva. Há uma pequena percentagem de empresas em quase todos os países, cerca de 7%, em que mais de 50% da sua força de trabalho é temporária. Aqui vemos claramente que organizar a produção à volta da possibilidade de usar este trabalho flexível se tornou uma escolha ao nível da gestão dos recursos humanos.
Acho muita piada, em ironia o digo, no meu tempo de trabalhador diziam que se vivia em Portugal num regime explorador e fascista, nalgumas coisas, mas noutras não, então e hoje? Vive-se em que regime? Segundo dizem, vive-se em democracia, é verdade, vota-se e pouco mais, o resto é decidido por uns quantos que têm o poder económico.
Quando eu digo no título que somos os escravos da era moderna, acho que digo com toda a razão, então vejamos: Os trabalhadores chamados de precários, ou a termo certo o que são? Para mim são os escravos da era moderna, Trabalham quando as empresas deles necessitam, quando não, vão para casa, sujeitam-se a quase tudo ao que classe patronal quer, trabalham quando o capital se predispõe a lhes dar trabalho, etc. etc.
A tão querida pseudo-indústria hoteleira, que tão amada é neste país, é uma das principais actividades que mais utiliza este tipo de padrão laboral, a precariedade sazonal semelhante ao trabalho da formiga, mas é tão querida, outras, e nos dias que correm têm como princípio o contrato a termo, uma frase que eu nunca ouvi no meu tempo, mas vivia no fascismo e na exploração, hoje vive em democracia, com uma diferença, quem trabalha nunca sabe quando, é isto a era moderna da escravidão laboral no mundo ocidental.
Só deixo aqui uma questão, será que alguém que trabalha a termo e sabe de fonte limpa que ao acabar o tal contrato democrático vai dar o máximo rendimento? Não acredito e não é verdade, está-se nas tintas e faz muito bem, e será que os tais empresários democratas ocidentais ainda não viram o problema, uma vez que tanto falam em produtividade? Os macacos coçam-se para cima, é verdade, e estamos na democracia, a democracia do interesse do grande capital que explora e escraviza mais quem tralha e dele precisa para sobreviver, da-lhe trabalho quando quer e precisa de quem puxe a carroça e quando não precisa manda os trabalhadores às urtigas, fascismo é isto e escravidão de uma forma moderna, assim não!
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