"A mim choca-me um bocadinho que um grupo, por mais respeitável e
prestigiado e competente que seja" de 13 pessoas, "todas da mesma
formação - porque são todas juristas - por mais eminentes que sejam,
tenham o poder de decidir matérias que, do meu ponto de vista, vão muito
para além da questão jurídica", afirmou Fernando Ulrich à margem de uma
conferência sobre financiamento bancário às empresas.
Sem querer comentar o chumbo do Tribunal Constitucional (TC) a três
normas do Orçamento do Estado para 2014, Fernando Ulrich considerou que
as questões da gestão da economia do país "deviam poder ser decididas
pelo Parlamento".
«Lá foi desta que o FU do BPI tem uma opinião com a qual eu concordo, todo o respeito merecem estas pessoas do TC, mas eles não são os culpados, a culpa é de quem fez a constituição, em Portugal queremos ser sempre mas papistas que o Papa, para tudo ou quase tudo entregamos aos tribunais os problemas para resolução, e nem sempre eles têm a competência, ou melhor, não lhes cabe a eles gerir o país, nem a economia ou outro assunto qualquer a não ser de razões jurídicas, aí sim, são eles que têm a formação para tal, se assim fosse não valeria a pena eleger-mos um governo, para quê? Se um governo legisla um decreto em contrário à opinião dos juízes, o que tem que esperar é que esse mesmo decreto seja reprovado, ora assim não vale a pena, era só o que faltava, e para dar um exemplo, digo assim, qualquer dia temos um juiz a dizer ao cirurgião o local onde tratar o paciente, não será? Fico com essa impressão.»
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