Tribunal passa cheque careca a arguido da Casa Pia A secretaria da 8º Vara Criminal de Lisboa emitiu, esta tarde, um cheque
sem cobertura de 10 mil euros a Hugo Marçal, arguido do processo Casa
Pia. Mas quando se dirigiu à Caixa Geral de Depósitos para levantar o
dinheiro foi informado de que a conta indicada pelo tribunal não
existia.
Trata-se da caução depositada por
Hugo Marçal em outubro de 2003 como medida de coação decretada pelo juiz
Rui Teixeira em substituição da prisão preventiva.
Passados mais
de dez anos, a juíza Ana Peres, presidente do coletivo que julga o
processo Casa Pia, decidiu deferir o requerimento de Hugo Marçal, no
qual este solicitava a devolução dos 10 mil euros.
Segundo as
informações a que o DN teve acesso, a magistrada aceitou devolver o
dinheiro por considerar que não se verifica qualquer perigo de fuga por
parte de Hugo Marçal.
Hoje, o advogado de Elvas saiu de manhã de
Oliveira do Bairro, onde reside, e dirigiu-se à 8º Vara Criminal para
levantar o precatório cheque, mas quando chegou à Caixa Geral de
Depósitos de Moscavide viu-se confrontado com a informação de que a
conta indicada estava vazia.
Entretanto, o arguido já se deslocou à secretaria para requerer que a situação seja resolvida.
O DN tentou contactar Hugo Marçal, mas este não quis prestar declarações.
Fonte
do tribunal explicou ao DN que se tratou de uma questão burocrática;
segundo explicou, até 2006 os dinheiros do tribunal estavam domiciliados
em contas da Caixa Geral de Depósitos, mas partir daquela data passaram
a estar domiciliados em contas do Instituto de Gestão Financeira e
Infraestruturas da Justiça.
Agora, adiantou, é uma questão de se emitir um novo precatório cheque.
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