O consultor do Governo para as privatizações, António Borges,
defendeu hoje que a Taxa Social Única (TSU) é uma medida “inteligente” e
acusou os empresários que a criticaram de serem “ignorantes”.
“Que a medida é extremamente inteligente, acho que é. Que os
empresários que se apresentaram contra a medida são completamente
ignorantes, não passariam do primeiro ano do meu curso na faculdade,
isso não tenham dúvidas”, afirmou.
António Borges falava durante o I Fórum Empresarial do Algarve, que
decorre este fim de semana em Vilamoura e reúne mais de 300 empresários,
economistas e políticos de Portugal, Brasil, Angola, Índia, Emirados
Árabes Unidos e Moçambique.
Admitindo que a medida implica perda de poder de compra "para muita
gente", António Borges considerou, no entanto, que quem acha que "o
programa de ajustamento português se faz sem apertar o cinto, está com
certeza um bocadinho a dormir".
Aquele responsável discordou ainda que com a TSU se proceda a uma
transferência dos rendimentos do trabalho para o capital, já que o
problema do país é estar “completamente descapitalizado”.
“Parece que voltámos todos ao Marxismo: o capital é uma coisa má,
temos que o destruir”, referiu, criticando o facto de as pessoas dizerem
que “não podem ajudar o capital”.
"Não estamos a transferir rendimentos de ninguém para ninguém,
estamos a tentar manter postos de trabalho. Isto é do interesse de
todos, não é só de alguns”, sublinhou.
António Borges afirmou ainda que o grande problema do país são as
"elites" e não o povo português, que acredita no seu país, revelando uma
"confiança extraordinária".
Aquele responsável falava durante a conferência “A crise europeia e
as suas saídas – soluções para Portugal”, que reuniu no mesmo painel
Paulo Rabello de Castro, do Brasil, Aguinaldo Jaime, de Angola, e
Joaquim Carvalho, de Moçambique.
Organizado pelo LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), o Fórum, que
pretende debater a crise económica internacional, conta com a
participação dos ministros Adjunto e e Assuntos Parlamentares, Miguel
Relvas, e da Economia, Álvaro Santos Pereira.
Fonte: iOnline
Comentários
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.