Serão necessárias mais medidas extraordinárias
para cumprir o défice deste ano, confirmou o ministro das Finanças hoje
no Parlamento. Buraco nas contas (se não houvesse qualquer medida) será
de 2,5 mil milhões de euros, pelo menos.
O limite do défice
que era para ser de 4,5% do PIB, mas que a troika deixou subir até 5%,
precisa de ser colmatado com várias medidas de cortes de despesa e
aumento de receita, mas o Governo está a negociar algumas fora do
cardápio (extraordinárias ou temporárias) para conseguir respeitar o
novo teto acordado, apesar deste ser mais elevado.
Esta possibilidade já tinha sido ontem apurada pelo Dinheiro Vivo junto de fontes governamentais.
Segundo
informações avançadas hoje pelo Expresso e pela Lusa, citando fontes
parlamentares, referiram que o défice de 2012 será de 6% ou mais sem
medidas de reforço. A diferença entre os dois é de 1,5 pontos
percentuais, cerca de 2,5 mil milhões de euros em falta.
Ontem,
Vítor Gaspar disse que "até ao final do ano iremos proceder a medidas
adicionais de controlo da despesa e ao aumento da tributação sobre
imóveis de elevado valor e sobre os rendimentos de capital. Esse esforço
é necessário para assegurar o cumprimento do limite do défice de 5%
para 2012".
Mas não chega. Para além dessas medidas de caráter
permanente, Gaspar falou hoje em "medidas temporárias" que vão ajudar à
redução necessária.
Estas poderão passar por mais cortes ou
operações como integração de fundos que não de pensões. Depende do grau
de tolerância da troika.
Fonte: Dinheiro Vivo
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