Gaspar tramado, ilusões, só para quem não tem noção do país onde vive


Os dados da execução orçamental de Julho tornam evidente aquilo de que toda a gente já desconfiava: Portugal não vai conseguir cumprir a meta do défice público, acordada com a troika para este ano, de 4,5% do produto interno bruto (PIB).
As contas são claras. No Orçamento Rectificativo, Vítor Gaspar apostava num crescimento de 2,8% das receitas fiscais este ano, mas nos primeiros sete meses do ano enfrenta uma quebra de 3,5%. Com a recessão a aprofundar-se e o desemprego a subir, não há margem temporal para inverter a equação a tempo de salvar o défice. Isso mesmo acabou por reconhecer o Ministério das Finanças.
Em declarações à comunicação social, fonte oficial das Finanças admitiu que não será possível recuperar a totalidade do desvio da receita, embora tenha manifestado a convicção de que alguma parte será compensada pelo lado da despesa. As Finanças não confirmam, porém, que a derrapagem na receita fiscal chegue aos três mil milhões de euros ontem noticiados pelo “Diário Económico”, esperando que seja mais baixo.
Se nos primeiros sete meses do ano, a cobrança de receita fiscal tinha uma taxa de execução de 50,6%, e considerando um ritmo mensal de execução homogéneo, então no final do ano podem faltar qualquer coisa como 2700 milhões de receita fiscal, pelas contas do i.
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