Apesar de dar o braço a torcer pelo crescimento
dos países em dificuldades, a chanceler alemã mantém o discurso: Espanha
é a responsável pelos seus próprios problemas e está a pagar por "uma
década irresponsável", Portugal está a cumprir e a zona euro deve
estabilizar orçamentos para depois crescer.
Mas o crescimento
ainda está longe para alguns países. O Fundo Monetário Internacional
refere que o dinheiro que irá recapitalizar o sector bancário espanhol
não chegará para acalmar a dívida soberana e reduzir o prémio de risco, e
o crescimento económico continuará pendente. O país não recuperará o
PIB que apresentava antes de 2008 até 2017. E o passo da recuperação
será lento já que o crescimento da economia não chegará nem a 5% no
acumulado entre 2012 e 2017.
Portugal, por exemplo ficará em 4,5%
de crescimento acumulado até 2017, e Itália e nem conseguirá atingir os
2%. O FMI diz mesmo que não se consegue prever quando é que Itália
conseguirá alcançar o PIB que tinha antes da crise. As previsões para
2017 ficam longe do registo de 2008.
Grécia apresenta melhores
resultados, crescerá 7% entre 2011 e 2017, mas o patamar em que se
encontra agora é bastante baixo, pelo que falar em valores antes de 2008
é algo quase impossível, como lembra o FMI.
No conjunto, o
panorama dos países com problemas é desanimador. Mas há quem se salve.
Irlanda está entre os que vão crescer mais de 14% até 2017, e a Islândia
crescerá 16,4%.
A pequena ilha a noroeste da Europa, é sem
dúvida a campeã de crescimento e poderá recuperar a riqueza que tinha
antes da crise até 2015. Mas para a Islândia a crise também chegou
antes, por isso recuperar mais cedo, quase que era uma condição
necessária.
Fonte: Dinheiro Vivo
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