03/07/2012

Não será o frio, mas sim as cabecinhas, nisso eu acredito


Apesar de dar o braço a torcer pelo crescimento dos países em dificuldades, a chanceler alemã mantém o discurso: Espanha é a responsável pelos seus próprios problemas e está a pagar por "uma década irresponsável", Portugal está a cumprir e a zona euro deve estabilizar orçamentos para depois crescer.
Mas o crescimento ainda está longe para alguns países. O Fundo Monetário Internacional refere que o dinheiro que irá recapitalizar o sector bancário espanhol não chegará para acalmar a dívida soberana e reduzir o prémio de risco, e o crescimento económico continuará pendente. O país não recuperará o PIB que apresentava antes de 2008 até 2017. E o passo da recuperação será lento já que o crescimento da economia não chegará nem a 5% no acumulado entre 2012 e 2017.
Portugal, por exemplo ficará em 4,5% de crescimento acumulado até 2017, e Itália e nem conseguirá atingir os 2%. O FMI diz mesmo que não se consegue prever quando é que Itália conseguirá alcançar o PIB que tinha antes da crise. As previsões para 2017 ficam longe do registo de 2008.
Grécia apresenta melhores resultados, crescerá 7% entre 2011 e 2017, mas o patamar em que se encontra agora é bastante baixo, pelo que falar em valores antes de 2008 é algo quase impossível, como lembra o FMI.
No conjunto, o panorama dos países com problemas é desanimador. Mas há quem se salve. Irlanda está entre os que vão crescer mais de 14% até 2017, e a Islândia crescerá 16,4%.
A pequena ilha a noroeste da Europa, é sem dúvida a campeã de crescimento e poderá recuperar a riqueza que tinha antes da crise até 2015. Mas para a Islândia a crise também chegou antes, por isso recuperar mais cedo, quase que era uma condição necessária. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.