Entre os 17 países da zona euro, só em três é que os trabalhadores
são mais baratos do que em Portugal. Segundo os dados publicados hoje
pelo Eurostat, os portugueses são dos que custam menos às empresas por cada hora trabalhada.
Em 2011, o Eurostat estima que esse custo tenha sido de 12,1 euros
por hora em Portugal, o que representa subida muito ligeira face ao ano
anterior (12 euros). Em 2009 e 2008, os custos de trabalho estavam nos
11,9 e 11,5 euros, respetivamente.
O cálculo deste indicador
inclui não só a remuneração do trabalhador, como as contribuições que os
empregadores são obrigados a fazer para a Segurança Social, através da
Taxa Social Única (TSU). Esse valor é depois dividido pelas horas
trabalhadas. Ou seja, a justificação para este valor pode estar nos
salários baixos, bem como num elevado número de horas trabalhadas.
Os
dados do Eurostat surgem numa altura em que Portugal atravesse um
período de ajustamento, procurando aumentar a produtividade através de
uma redução dos custos laborais. Uma estratégia que tem sido
representada pela frase de Pedro Passos Coelho em outubro do ano
passado: "Só saímos desta situação empobrecendo em termos relativos e
até absolutos, porque o Produto Interno Bruto (PIB) já está a cair."
Os
12,1 euros por hora que cada trabalhador custa ao seu empregador
constituem menos de metade da média da zona euro. Entre os 17 países da
moeda única, os trabalhadores custam em média 27,6 euros. Ou seja, mais
do dobro do valor registado para Portugal. Os únicos países com custos
de trabalho mais baixos que Portugal são Estónia (8,1), Eslováquia (8,4)
e Malta (11,9). A Grécia não tem dados para 2011, mas em 2010 o valor
era bem mais elevado que em Portugal (17,5 euros).
Retirado de:Dinheiro Vivo
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