Esta foi surripiada de outro Blogue


 Que me desculpem os autores, mas achei tanto interesse que me atrevi a surripiar e a partilhar esta postada do vosso Blogue aqui no Marafadagem, Uma Lista Interminável.


O do blogue Aventar elaborou uma autêntica lista de casos indiciadores de corrupção e de uma série de trapalhadas, de gente ligada ao antigo governo PSD/CDS. 
E fê-la com uso de links para notícias e informação relevante ... e gostamos tanto da colecção, que lhe pedimos autorização para a colocar também no nosso blogue.

Desde a Tecnoforma, fugas ao fisco, Universidades Modernas e Lusófonas, demissões irrevogáveis, Vistos Gold, omissões de dados em curriculos, swaps danosos, usos de meios do estado para campanhas, tráfico de influências e crimes de prevericação, embustes e muitas, muitas mentiras ... há um pouco de tudo. Por questão pessoal gostaria apenas de a esta lista adicionar Submarinos e Privatizações.
Haverá listas a fazer de outras gentes e outras cores ? Claro que sim, até nas nossas Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia (por aí fora), as haverá por fazer ... mas considerar esta lista de gente que nos (des)governou durante os últimos 4 anos ... ou melhor, esta gente que nos (des)governa desde há 40 anos a esta parte, ligada a este rol de embrulhadas, aliado ao facto de termos (por enquanto), um Presidente da República, ligado a finas instituições como o BES, a SLN ou a PIDE ... faz perguntar quanto será a percentagem de massa cerebral que a esmagadora maioria dos portugueses usa quando vota.

Um filme digno de uma máfia à Francis Ford Coppola, com a assinatura PAF ... Deliciem-se primeiro com os nomeados para o "governo provisório" que durou dias ... e depois com os outros:

  1. Pedro Passos Coelho (primeiro-ministro cessante): figura central no caso Tecnoforma, sob investigação do Organismo Europeu de Luta Antifraude. Fuga ao fisco. Violação do estatuto de deputado em regime de exclusividade;
  2. Paulo Portas (vice-primeiro-ministro cessante): Caso Moderna. Dossier Submarinos. No dia da sua demissão irrevogável, a bolsa portuguesa registou perdas de 2,3 mil milhões de euros e os juros da dívida subiram para a casa dos 8%. Recuou após ser promovido;
  3. Rui Machete (ministro dos Negócios Estrangeiro cessante): ex-presidente do conselho superior da SLN, dona do BPN, facto que omitiu do seu CV quando chegou ao governo. Envergonhou o país quando pediu desculpa ao regime ditatorial angolano por uma investigação legal em curso;
  4. Maria Luís Albuquerque (ministra das Finanças cessante): responsável pela execução e aprovação de vários swaps altamente danosos para o erário público enquanto directora financeira da Refer e dirigente do IGCP, contribuindo para a ruína financeira destas empresas públicas;
  5. José Pedro Aguiar-Branco (ministro da Defesa cessante): negócios pessoais com funções governativas parecem misturar-se. Nomeou ex-assessores para funções chave em empresas públicas que posteriormente transitaram para empresas privadas habitualmente incluídas em comitivas do ministério por si tutelado;
  6. João Calvão da Silva (quase ministro da Administração Interna): autor do parecer que procurou provar à justiça portuguesa que uma “prenda” de 14 milhões de euros, oferecida por um empresário a Ricardo Salgado, é algo normal;
  7. Carlos Costa Neves (quase ministro dos Assuntos Parlamentares): um dos ministros que, a poucos dias das Legislativas de 2015, colocou a sua assinatura no despacho para o abate ilegal de sobreiros, central no Caso Portucale;
  8. Fernando Leal da Costa (quase ministro da Saúde): no auge da tragédia do Inverno passado nas urgências portuguesas, enquanto secretário de Estado da Saúde, afirmou que as urgências estavam muito bem e que informações que contrariassem as suas palavras tinham origem em agendas comunistas;
  9. Pedro Mota Soares (ministro da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social): se João Soares, ex-vereador da Cultura da CM de Lisboa, não tem habilitações para ministro da Cultura, que dizer deste centrista que foi parar à pasta da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social com experiência zero, para tutelar o ministério recordista na distribuição de tachos?
Mas este foi apenas o governo mais curto da história e antes desse tivemos 4 anos de PSD e CDS-PP. Olhemos para os ilustres ausentes da primeira lista:
  1. Miguel Macedo (ex-ministro da Administração Interna): acusado recentemente pelo Ministério Público da prática de 3 crimes de prevaricação e 1 de tráfico de influências. Implicado no caso Vistos Gold;
  2. Paula Teixeira da Cruz (ex-ministra da Justiça): durante o seu mandato, a justiça atravessou momentos críticos com destaque para o crash na plataforma Citius. Tentou passar as responsabilidades para terceiros, sem sucesso. Usou recursos do estado em favor da campanha eleitoral da coligação e mentiu deliberadamente aos portugueses;
  3. Miguel Relvas (ex-ministro dos Assuntos Parlamentares): Tecnoforma/Programa Foral. Caso Lusófona (o célebre turbo curso de Miguel Relvas que tantos e bons memes deu ao país). Falsificação de morada com vista à obtenção de incrementos salariais no Parlamento.
  4. Nuno Crato (ex-ministro da Educação): deixou o ensino de rastos, permitiu que sobre ele incidissem grande parte dos cortes no sector público, foi responsável pelo caos na abertura dos anos lectivos e cultivou a discórdia entre os diferentes agentes do sector.
"Fiquei pelos ministros, de outra forma estaria horas nisto. Quero, contudo, deixar algumas menções honrosas para Marco António Costa e “seus homens de mãoAgostinho Branquinho Virgílio Macedo, para Franquelim Alves, outro que tal como Rui Machete viu apagada do seu CV a passagem pelo BPN, Carlos Moedas, o tal que o conselho de administração do BES queria pôr a funcionar, Paulo Núncio, actor central no embuste da devolução da sobretaxa e alegadamente implicado no caso dos Vistos Gold, Paulo Braga Lino, o ex-administrador da catastrófica Metro do Porto que usou o carro e o motorista da secretaria de Estado para actividades profissionais paralelas, João Almeida, o tal que revelou aos portugueses aquilo que todos sabíamos, que mentir aos eleitores é prática comum para políticos do seu calibre, Sérgio Monteiro, o rei das privatizações em saldos que mal saiu do governo foi contratado a peso de ouro pelo Banco de Portugal (ganha o dobro do salário de Carlos Costa) para tratar da venda do Novo Banco e mais uns quantos boys e amigos do regime democraticamente afastado da governação do país."

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