Portugal dá aumentos de 150% a elites

Em outubro do ano passado, quando a governação de Pedro Passos Coelho estava a chegar ao fim, os vencimentos dos três membros do Conselho de Administração da entidade reguladora da aviação civil beneficiaram de aumentos superiores a 150%.
De acordo com a edição de hoje do Jornal de Notícias a remuneração mensal do presidente Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) - nova denominação do anterior Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) - subiu de 6030 euros para 16075; a do vice-presidente de 5499 euros para 14468; e a da vogal de 5141 euros para 12860.
O JN adianta que estes aumentos foram "mantidos até agora em segredo, não obstante a lei exigir a sua divulgação pública, aqueles aumentos são mais um caso a somar ao controverso processo de indigitação de Luís Ribeiro, Carlos Seruca Salgado e Lígia Fonseca para, respetivamente, presidente, vice-presidente e vogal da administração da ANAC".

Afinal para quem é este país? Acho que este país é para uns quantos, os restantes têm à sua espera a fome, a miséria e a falta de saúde.
Por esta notícia se vê a crueldade destes governos portugueses, onde se aumentam meia dúzia de senhores em 150% nos seus vencimentos, e se roubam dezenas de euros e de direitos aos trabalhadores que trabalham e produzem a riqueza que este país produz, embora pouca, mas sãos os que são roubados e maltratados que a produzem.
Dizem que Portugal é um país democrático, que viveu em tempos não muito remotos uma ditadura de direita, viveu uma ditadura, mas acho que a atual democracia mascarada é muito pior que a tal ditadura.
Como cidadão sinto-me revoltado, sinto-me envergonhado, quando vejo notícias destas, porque sabendo que os reformados deste país vivem miseravelmente, os que estão ainda no trabalho o que recebem não lhes chega para viver, e depois, vejo e oiço notícias a dizerem que uns quantos são aumentados em 150%, depois de já ganharem ao fim do mês muitos milhares de euros.
Sinto nojo, revolta e vergonha do país onde infelizmente nasci, sabendo que os tais portugueses que passam necessidades pagam o seus impostos, e com grande dificuldade, para os mesmos servirem estas elites miseráveis.

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