A saúde num país da União Europeia

Algures num país da União Europeia morre-se ou deixam morrer pessoas por desleixo, por interesses e por tantas outras coisas que não se sabe ao certo, o certo é, é que se morre por desrespeito por parte deste Estado pela vida humana, esta é que é a verdade.
O país é Portugal, onde nestes últimos quatro dias aconteceram dois casos de falecimento de dois cidadãos portugueses que morreram sem que se lhes fosse oferecido aquilo a que um país deve oferecer aos seus cidadãos, que é, o respeito pela vida humana, e em Portugal isso não acontece, e não aconteceu.
Num caso, o caso do David, dizem que os médicos fugiram aos seus deveres, não trabalhando nos fins de semana por uma questão de braço de ferro com o Estado que lhes paga, neste caso o Estado parece que não lhes pagava os fins de semana e as horas extraordinárias, boa atitude têm estes trabalhadores da saúde, "Srs Dr.s" é de apaludir.
Logo a seguir, vem o caso do senhor septuagenário oriundo do Algarve e que o mesmo hospital de São José em Lisboa para onde foi dirigido, lhe recusou a assistência tendo-o enviado para Coimbra onde veio hoje a falecer, nestes dois casos os episódios são semelhantes e carentes mais ou menos da mesma especialidade, neurocirurgia.
Mas, muitos mais, segundo as notícias, têm acontecido, nestes quatro dias de festas Natalícias, os portugueses não podem adoecer, veja-se o caso do Hospital de Faro, onde no passado dia 25 aconteceram episódios vergonhosos, doentes no chão durante muito a tempo a pedirem assistência e ninguém lhes chegou por perto.
As cúpulas nestes casos advogam sempre razões, por isso fazem-se inquéritos atrás de inquéritos, mas no fim as culpas morrem sempre solteiras, como é hábito em Portugal.
Uma das razões é o dinheiro, não há dinheiro, o país está em crise, pois está, só não está para o que é supérfluo, e também não está para subsidiar os bancos com milhões e milhões de euros, tirando ao povo o direito à saúde, tratando dos fraudulentos donos dos bancos com o dinheiro daqueles que morrem por falta de assistência médica. É um orgulho ser-se português, mas também é muito difícil e complicado por cá viver-se, e no que toca à saúde, nem vale a pena falar, e temos um bom Serviço Nacional de Saúde, dizem eles, só os que acham a tal qualidade não vão lá, vão aos bons médicos e aos bons hospitais onde se paga milhares de euros, os Zés e as Marias de Portugal não têm milhares, mas pedem a esses Zés e Marias para dar mais filhos ao país, doido é aquele que o faz, dar um filho para o ver morrer sem assistência como foi o caso do David apenas com 29 anos? Ainda se fosse um velho..............., quando toca a velhos, o que se ouve é que, já é velho, os velhos neste país, segundo as opiniões destes cretinos, são um peso para a sociedade, levam a vida comentando que temos uma esperança de vida muito maior etc, etc, pois é, esquecem-se que o mundo evolui e a esperança de vida é um direito de todos e não um peso para a sociedade. Sinto-me preocupado, estupefacto, e repudio por tudo isto. Vergonha!

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