Nem as mamas já são poupadas


A denúncia de duas enfermeiras de dois hospitais públicos do Norte, que dizem ter sido obrigadas a comprovar que estão a amamentar os seus filhos retirando leite na presença de médicos de saúde ocupacional, está a provocar polémica.
Rosalvo Almeida considera agora que o tipo de metodologia usada pelos hospitais é ilícita e que quem deve ser inquirido e, eventualmente, punido é o médico que passa o atestado. “Obrigar a provar que está a dar de mamar é um abuso do ponto de vista deontológico”, defende o médico, que durante anos foi membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

Bem, isto de facto é quase uma telenovela, mas não me estranha, e vamos lá então. Parece que duas enfermeiras denunciaram este episódio, e pergunto eu assim, e serão só estas duas senhoras que terão neste país sido obrigadas atal episódio? Eu acho que não.
O problema aqui está nas fraudes que se têm feito neste país a nível de baixas fraudulentas, senhoras que dizem que estão a dar de mamar sem estarem, enfim, é isto e muito mais, sabemos bem como é o povo português, quando pode meter a colher não espera para tal.
Agora isto é uma vergonha, é uma forma de reprimir quem por direito próprio tem este direito que é o de amamentar um filho, e não esquecer que é o próprio Estado que aconselha a tal.
Mas ainda vai mais uma, isto passou-se numa intituição do Estado, hospitais públicos, e no privado como será?, Será que casos destes serão assim tão poucos? Penso eu que devem ser aos milhares, só que no privado ninguém pode bufar, esta é que é a realidade.
Continuo dizendo, se toda a gente fosse séria, ninguém se lembrava de mandar duas senhores mostrar as mamas para poder demonstrar que estão amamentando, o que só por si não justifica tudo, existem mulheres que seis meses ou mais de deixarem de amamentar ainda continuam ejaculando leite mamário. 
Mas o problema é como digo atrás, a seriedade está um pouco longe, e temos o exemplo da Segurança Social que assim que um doente entra em baixa médica está dois ou três dias depois a bater à porta do doente para ver se ele está doente ou se anda a jogar ao berlinde, e porquê? Porque durante anos todos nós sabemos que um qualquer quando se lembrava dizia, amanhã vou meter baixa, e isto passou-se durante muitos anos a fio. Posto isto que dizer mais?  Se houver seriedade episódios como este e outros com o tempo vão desaparecer, só este povo terá dificuldade em assumir essa opção.

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