Filha de Salgueiro Maia seguiu os conselhos de Passos Coelho


Não sou a favor de favores nem sou a favor de que alguém beneficie de algo que tenha feito em prol dos outros, seja o que pratica o acto benéfico ou algum familiar, mas existem actos que beneficiam muitos milhares ou milhões de pessoas até, e o acto praticado no 25 de Abril e praticado pelos militares merecem uma excepção, mas a excepção foi toda para aqueles que nada fizeram e foram esses os únicos beneficiados, porque os militares foram colocados de parte, uns foram presos, outros foram obrigados a se reformar com reformas compulsivas etc.
Acabei de ler esta notícia e fiquei um pouco deprimido, diz a notícia que a filha do falecido Capitão Salgueiro Maia é emigrante no Luxemburgo e por necessidade, é triste não é?
Ser filha do homem que arriscou a vida para dar vida aos tais muitos milhares de portugueses, um homem que quer se goste ou não, foi ele que enfrentou frente a frente as armas dos inimigos à época, arriscando a vida, e agora, uma vez que já não está entre nós, não consegue ver a sua filha a viver aquilo que muitos portugueses veem, que é verem os seus filhos na humilhação da emigração, mas há uma diferença, a filha do Capitão Salgueiro Maia tem um estatuto diferente, e estou convencido que nenhum português levaria a mal se este Estado desse uma pequena ajuda à Srª. filha do Capitão, seria um reconhecimento não a ela mas ao seu Pai.
Diz a filha do capitão de Abril Salgueiro Maia, a viver no Luxemburgo há quatro anos, diz que foi "convidada" a sair de Portugal pelo primeiro-ministro Passos Coelho, lamentando a situação actual do país, que compara ao terceiro mundo.
Catarina Salgueiro Maia, de 29 anos, deixou Portugal em 2011, ano em que a troika chegou a Portugal e "em que o primeiro-ministro aconselhou as pessoas a ganhar experiência no estrangeiro", ironizou, recordando os apelos do Governo à emigração. Com o marido desempregado e um filho asmático, a filha do Capitão de Abril decidiu procurar trabalho no estrangeiro.
Com três cadeiras por terminar no curso de Línguas, Literaturas e Culturas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Catarina Salgueiro Maia acabaria por só conseguir emprego como empregada num café português, no Luxemburgo, onde chegou a trabalhar "mais de 17 horas por dia", por um salário de 1300 euros, um valor inferior ao salário mínimo no país, que ronda actualmente os 1900 euros.
Posto isto, deixe a minha indignação, será que este Estado não tem condições para olhar para pessoas com a Srª ,Dª Catarina Salgueiro Maia? Não se deve fazer excepções, mas há pessoas que merecem a diferença, e veja-se o filho de Durão Barroso, que arranjou um tacho no Banco de Portugal por competência e porque o seu pai arriscou muito a vida pelo país e enfrentou peito a peito as armas do inimigo, termino dizendo a estes actuais mandões do país, que se tivessem vergonha nem apareciam em público festejando o 25 de Abril, vergonha! mas assim é Portugal.

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