Madrinha para uns e madrasta para outros

São 234 os técnicos superiores do Ministério das Finanças que deverão transitar para a nova carreira especial e receber uma valorização salarial mínima de 52 euros. De acordo com os balanços sociais de 2013 e planos de actividades de 2014 consultados pelo PÚBLICO, havia na Direcção-Geral do Orçamento (DGO) 99 técnicos superiores; na Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) 102 e no Gabinete de Planeamento e Estratégia (GPEARI) 33.

À entrada na nova carreira, os trabalhadores começam a ganhar 1252,97 euros e quem chegar ao topo da carreira poderá contar 3621,60 euros. Condições mais favoráveis do que os 995,51 euros oferecidos actualmente a um técnico superior em início de carreira e do que os 3364,14 euros que correspondem ao nível máximo desta carreira geral.

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Não posso deixar de criticar como cidadão esta discriminação, tanto no sector público como no sector dos pensionistas, e privados.

No sector público a onde Estado é rei e senhor, temos visto cortes e mais cortes nos vencimentos desses mesmos funcionários em todos os Ministérios, no sector dos pensionistas e reformados nem vale a pena avançar com grande coisa, em particular aqueles que têm reformas mínimas ou perto disso parece que para esta Ministra não são gente ou não são cidadãos que deram durante décadas o seu esforço de trabalho em prol do país para que muitos hoje possam envergar os seus chorudos vencimentos e as suas mordomias .

Nos últimos três anos o lema deste governo é, não há dinheiro, não há dinheiro, agora parece que o dinheor apareceu, de onde não sei, mas a verdade é que é só para um Ministério ou dois, sendo esta senhora a madrinha, e com isso fazendo subir vencimentos e outras mordomias, mas para outros, a madrinha passa a madrasta, como no Ministério da Educação, da saúde, segurança social etc, etc.

Porquê estes e não outros? Porquê que não todos? Então e os reformados e pensionistas? E esses que têm reformas de miséria? Como podem viver? 

Isto é uma pura discriminação, como diz o velho ditado mais vale ter um bom padrinho que morrer de mouro.

Serão estes funcionários mais úteis que os da saúde ou os da educação, pensa a Ministra que sim, e porquê? Porque estes reprimem, os da saúde dão saúde ao povo, os da educação educam o mesmo povo, os da segurança social contribuem para que este povo possa beneficiar de algo do Estado, mas esses critérios não são coisa que agrade a este governo, dão aos que conseguem sacar do povo e tiram aos que colaboram com esse mesmo povo.

Um governo pisco que só vê por onde quer, e que tudo o que possa tirar com impostos e outros aplaude a apadrinha. Obrigados meus caros.