Um dos últimos anéis

Em despacho publicado na passada sexta-feira em Diário da República, o governo definiu que a receita obtida com a venda de 100% do capital dos CTT, um total de 902.381.949,77 euros, seja aplicado em dívida pública e dívida das empresas do sector empresarial do Estado, esta última através da Parpública.
Cerca de 90%, ou seja, 811.464.792,46 euros, serão aplicados na amortização de dívida pública, enquanto cerca de 90.917.157,30 euros irão para a Parpública para amortizar dívida das empresas do sector empresarial do Estado.

CTT Correios de Portugal, um dos últimos anéis deixados ainda do chamado antigo regime, nesse tempo o Estado juntava, criava e nada vendia, hoje, nos tempos que correm todos os anéis do Estado antigo (NOVO) têm sido vendidos, e este, os CTT não ficou de fora.
Dizem os heróis de hoje, os que nos têm governado, e os que têm acumulado dívida pública, que têm que vender, mas os anéis também se acabam, e estão mesmo no fim, falta a TAP, e parece que pouco mais, tudo tem ido.
Mas os nossos heróis dizem-se cheios de êxitos, que a economia cresce, não sei onde, que a dívida pública também desce, o desemprego desce, com o grande número de emigração, assim também eu governava com todos estes êxitos, com a venda de todos os anéis, no fim diz o ditado popular que foram os anéis mas ficaram os dedos, mas que dedos? Será que não os vão vender também?
Mas dedos sem anéis que valor têm? Só servem para a impressão digital, mas para isso já existem outras tecnologias. Enfim, seja feita a vossa vontade e a do povo que os elege.

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