Não é isto que os nossos chefes nos dizem

Ricardo Reis, economista da Universidade de Columbia, aceita que a crise portuguesa "não tem precedentes", é "grave" e não há garantias de "como se pode pôr outra vez Portugal a crescer". Resultado: o segundo resgate está à espreita. Uma forma de ajudar a sair da crise seria emitir dívida indexada "ao crescimento da economia", "indexar à inflação", propôs.
Se tudo correr pelo pior, basta que a taxa de juro de longo prazo torne a subir dos 3,5% atuais e tendo em conta o nível enorme de dívida (pública e privada), o economista não tem grandes dúvidas. "Vamos ter de tornar a falar da possibilidade de um segundo resgate", "não estamos assim tão longe" disso.
Com uma dívida de maturidade muito longa garante-se que não vamos ter de pagar muito todos os anos". Pelo contrário, "se as taxas de juro aumentam novamente, podemos ter problemas graves de tesouraria e novo resgate", alertou.

Pois não, não é isto que os nossos chefes nos dizem, dizem-nos que tudo vai bem, que a economia cresce, que o desemprego desce, tudo vai em grande forma.
No entanto, aparecem alguns comentadores como este e outros, e que estão em grandes centros de conhecimento a fazerem comentários como este, e creio eu que este é que é o verdadeiro, um segundo resgate é uma possibilidade.
Como é natural e fica bem, somos sempre as únicas vitimas a pagar, mas os últimos a saber a verdade, porque quem nos governa só tem um intuito, que é, a mentira e o convencimento do povo na irrealidade em que o país se encontra.

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