Os perigos estão aí, e agora?

ais de quatro mil pessoas já morreram no recente surto de ébola. Não se sabe quantas mais morrerão. Alguém fez uma vigília por eles?
Em países como a Serra Leoa a vida quotidiana, já de si difícil, está em estado de emergência. Na Guiné Conackry, um dos países onde o ébola mais se tem propagado perante a debilidade das estruturas sanitárias (Ó senhores, onde estão agora aqueles que nos anos 60 do século passado apregoavam o imenso progresso que iria ter lugar numa África livre da presença colonial?), não só morrem as vítimas da doença como aqueles que a tentam combater podem acabar assassinados: em Womey, na Guiné, a população matou os membros de uma equipa que ali se deslocara para os alertar sobre a doença. Onde está a solidariedade do mundo?

Esta crónica de opinião que acabo de ler no Observador, acho-a em parte correta, mas o que mais me destaca é a frase Ó senhores, onde estão agora aqueles que nos anos 60 do século passado apregoavam o imenso progresso que iria ter lugar numa África livre da presença colonial?
E é este o facto, é verdade que muitos nos anos 60 e não só defendiam uma África livre da presença colonial, o mesmo queriam eles dizer que o continente africano teria mais futuro sem a colonização, o que se tem vindo a verificar que tal não correspondeu à verdade, a África está muito pior em todas as sua vertentes, e no caso da higiene e saúde, então não se fala, e estamos a assistir a uma epidemia que se pode transformar numa pandemia, e isto graças à falta de higiene e de cuidados de saúde que aquele continente deixou de ter desde que se tornou independente.
Os actuais países africanos não têm condições materiais, humanas e outras, e penso que nunca o terão, para se assimilarem ao mundo desenvolvido e rico, enquanto nós os coloniais lá estivemos, tudo era diferente, apenas apareciam uns vírus tropicais e pouco mais, e porquê? Porque haviam outras gentes a cuidar daquilo, hoje isso não acontece, e aí está a razão.
Mas foi a descolonização que muitos quiseram, porque tinham na sua mente que os africanos eram capazes de cuidarem deles próprios, o que se veio a verificar que não são capes.
Agora que a natureza se encarregou de lhes bater à porta, quem os vai ajudar? O tal mundo, desenvolvido, rico, e ex-colonial, arriscando-mos a trazermos para a nossa terra os perigos que neste caso é o ébola.
Outra coisa não será de esperar, os perigos estão aí, por isso não será melhor fechar-mos a porta do mundo que colonizou África, e com razão?
Voltarmos a África tornar-se-á difícil, eles, os africanos, são e continuam a ser optimistas quanto à sua capacidade intelectual, ma ainda não foram capazes de o demonstrar, os que têm alguma riqueza natural, ainda vão conseguindo andar mais ou menos, e mesmo assim, sempre dependentes do mundo que os colonizou, os outros, e quanto mais miseráveis o que têm são o ébola, como resolver este perigo, Não sei!

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