O governo tem uma doença psicológica. E na sua área é incompetente, displicente e amador, diz o médico
Sobrinho
Simões é professor, médico e investigador. No Ipatimup – Instituto de
Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto faz perto de
300 diagnósticos por ano só para fora do país. O i interrompeu-lhe as
férias com a família, em Vila Praia de Âncora, e pediu-lhe que fizesse
um diagnóstico do governo e do país, em particular dos sectores da saúde
e do ensino. Confessou-nos que não há pior derrota que falhar a
patologia de um doente e diz que está a chegar uma vaga de novos-ricos
que o preocupa: são os fundamentalistas antivacinação. Fala-nos do erro
médico e aponta o dedo aos políticos e aos reguladores, incapazes de
punir e premiar, e por isso de melhorar o Serviço Nacional de Saúde como
um todo.
Viveu na Noruega. É um país pequeno, periférico, que podia servir de exemplo a Portugal?
É muito mais fácil definir os noruegueses que os portugueses. Eles são muito mais semelhantes uns aos outros, nós somos individualistas e minifundiários, cada um tem a sua folie de grandeur. Temos características engraçadíssimas e noto isso nos alunos. A nossa miudagem, a que chega à universidade, está cada vez mais infantil, mais liceal. Mas tem piada, se forem estimulados vão mais longe, são mais livres que os miúdos a quem dou aulas no centro da Europa e nos Estados Unidos.
É muito mais fácil definir os noruegueses que os portugueses. Eles são muito mais semelhantes uns aos outros, nós somos individualistas e minifundiários, cada um tem a sua folie de grandeur. Temos características engraçadíssimas e noto isso nos alunos. A nossa miudagem, a que chega à universidade, está cada vez mais infantil, mais liceal. Mas tem piada, se forem estimulados vão mais longe, são mais livres que os miúdos a quem dou aulas no centro da Europa e nos Estados Unidos.
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