Quem adivinha ganha duas partes

Os meus filhos apoiaram-me muito no livro. O Cristiano Ronaldo também sabia de tudo e brincou com a parte em que eu falo do aborto e até disse: 'Vê lá tu, mãe,querias abortar de mim e sou eu que sustento esta casa toda", disse Dona Dolores a rir-se, na apresentação do livro "Mãe Coragem", no Hotel Pestana Palace.

«Este não é certamente o único caso de sucesso, por esse mundo fora há-os muitos de certeza, mas também há aqueles que se ao mundo tivessem vindo e não abortando, teriam também tido muito sucesso, mas há o lado contrário, que são aqueles que cá vieram e que por cá estão muitos não passam da cepa torta, uma questão de sorte? Talvez!
Isto vem muito a propósito do actual momento onde os nossos políticos estão muito preocupados com a taxa Natalidade, e incentivam o nascimento, mas esquecem-se que existem muitas mães ou futuras mães que pensam como a senhora Dona Dolores pensou, e o que teria levado a senhora a pensar no aborto? Seria por boa vida? Seria que o futuro lhe sorriria? Não era certamente, mas quis o destino que o futuro sorrisse, e hoje está bem à vista.
Um país que não saiba ou não consiga dar aos seus cidadãos uma vida com prosperidade, com uma prospectiva de futuro e não com a incerteza e a pobreza como é actual momento de Portugal, acaba perdendo casos como o do Ronaldo e outros, onde o êxito é o que se sabe, muitos poderiam ter nascido e terem sido muito bons, nos campos da ciência, no campo desportivo etc, etc.
Também não é certeza que uma taxa de Natalidade demasiado numeraria seja sinónimo de certezas de prosperidade, o equilíbrio é sempre preferível, mas quando se trata de travar o nascimento por regra e por incertezas de qualidade de vida, então assim nunca chegamos a bom porto em matéria de cérebros ou de outra qualquer boa qualidade humana que uma sociedade moderna bastante precisa, seria bom sim, que qualquer futura mãe pudesse decidir sempre para o lado positivo e nunca pensando no aborto, mas por aquilo que vimos nos tempos que correm, vão ser essas as opções, infelizmente.»

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