Os labirintos portugueses

Quem manda pode:
Luísa foi intimada a pagar uma dívida que não devia. O subsídio de desemprego de Maria ficou perdido entre processos, à espera de uma funcionária com atestado. Respostas erradas ou contraditórias marcam relação de muitos portugueses com a Segurança Social .

Começa aqui o triste romance:
Uma conta bancária bloqueada sem aviso e indevidamente durante semanas e uma resposta que surgiu oito meses depois. Os serviços de atendimento da Segurança Social (SS) tratam milhões de pedidos por ano, mas não trataram bem Luísa Metello, 28 anos, professora e artista plástica.
Trabalhadora a recibos verdes, informou-se na Segurança Social e foi abrindo e fechando actividade para não ultrapassar o limite a partir do qual teria de fazer descontos. Tudo corria bem, até Outubro do ano passado, quando foi surpreendida com uma "citação de dívida em estado avançado, com penhora de conta bancária".

A importância de conhecer alguém:
O "nó" na vida de Luísa foi desatado por uma terceira via. Através de um amigo, conseguiu encontrar um "contacto ‘online’, por acaso, de alguém da Segurança Social que lida com os trabalhadores independentes".
Afinal, a artista plástica sempre estava isenta e não tinha que pagar nada. A dívida foi anulada e a conta bancária desbloqueada ao fim de um mês a lutar contra o sistema. Pelo meio, gastou tempo, paciência e cerca de uma centena de euros (em deslocações, comunicações e alimentação) para resolver o processo.
"Se não fosse a minha teimosia  e ser trabalhadora independente e poder prescindir de três, quatro dias ou uma semana de trabalho para tentar resolver a situação...", frisa Luísa Metello.
Mas a familiar de Maria "lá conseguiu dar a volta, falou com alguém conhecido, possivelmente". Maria recebeu o subsídio de desemprego no final de Dezembro. Ler mais  Aqui

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