Parece que não estão ali, mas estão. Parece que têm água, mas não têm.
Entre a arriba e o mar da Caparica, há um bairro. Chamam-lhe Terras da Costa. São as Terras de Lelo Martins, onde cerca de 500 pessoas vivem
sem água canalizada, sem saneamento básico, sem electricidade. Mas isso
pode estar prestes a mudar.
É do alto da arriba fóssil que melhor se vê o bairro que de outra forma é
quase invisível. Lá ao fundo há mar e debaixo dos nossos pés telhados
de chapa e cartão, bandeiras de Portugal a esvoaçar, bidões, garrafões e
alguidares que juntam a água que a chuva traz. É o bairro das Terras do
Lelo Martins. Um amontoado de casas que foi crescendo de forma ilegal
ao mesmo ritmo que as famílias foram aumentando. Quase 500 pessoas, das
quais 100 crianças, na sua maioria de origem cabo-verdiana - mas há
também angolanos, guineenses, moçambicanos.
«Num bairro de Almada, a meia dúzia de kilometros da capital de Portugal, Lisboa, existe arquitectura desta e progresso, ironia, não levem a mal, mas Portugal tem evoluído.
Pela notícia, os habitantes deste bairro são todos oriundos das ex colónias portuguesas, ex colónias que já não o são há 40 anos, mas continuam a não querer esquecer os que foram os seus colonizadores.
Se é este o progresso de Portugal, então o que será o verdadeiro progresso, Portugal continua a exportar riqueza humana, os seus cérebros, esses vão embora, mas em contrapartida, continua a importar pobreza, a importar cérebros que pouca ou nenhuma mais valia nos podem dar, e é este o progresso de Portugal.
Estes imigrantes, provavelmente vieram à procura de melhor qualidade de vida, vida essa que não tinham nos seus países de origem, mas enganaram-se, encontraram um país que nada lhes tem para oferecer, e nada lhes pode prometer, embora, e pela notícia, parece que algo vai melhorar.
Também não sei se Portugal tem o dever de lhes dar o que eles pretendem, também não sei se um qualquer imigrante pode aqui chegar e a seu belo prazer ocupar terras que têm dono, e ali construir um bairro de lata, e exigir que tem direito a muito mais, em nome de quem e do quê?
Casos como este não devem ser autorizados, isto não pode ser, para miséria já basta a nossa, Portugal já tem pouco, e não pode continuar a receber gente que em vez de virem trazer-nos algo de próspero, só nos trazem miséria, assim não! Portugal descolonizou, e não foi por vontade própria, foi por vontade dos que então eram colonizados, sendo assim, tenham paciência meus amigos, nós éramos tão maus para vocês, então porque nos procuram?»
Comentários
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.