Crise tirou 3,6 mil milhões aos salários

Crise tirou 3,6 mil milhões aos salários e deu 2,6 mil milhões ao capital

Entre o início da crise financeira de 2007/2008 e o final de 2013 assistiu-se, em Portugal, a uma transferência de riqueza do factor trabalho para o capital de grandes proporções, indicam vários economistas. 

Cálculos do Dinheiro Vivo com base naqueles dados, evidenciam que, em termos nominais, o factor trabalho (no qual até já está contabilizado o enorme aumento de impostos dos últimos anos) conseguiu perder 3,6 mil milhões de euros. Já o excedente do capital engordou 2,6 mil milhões de euros.

«Afinal, a crise não é nada mais nada menos que um objecto arranjado com o fim de criar mais riqueza a quem já é bastante rico, explorando quem trabalha, e desse mesmo trabalho faz o esforço para sobreviver miseravelmente em prol do grande capitalismo selvagem que não olha a meios para sugar as presas mais frágeis que são toda a classe trabalhadora.

De tempos a tempos lá vão aparecendo estas crises, como se de vírus naturais se tratassem, dá que pensar não dá? Aqui está a prova nesta notícia, e o povo vai comendo e aceitando todas estas sanguessugas sem nada fazer, há que fazer qualquer coisa porque senão qualquer dia só teremos a pele e o osso, e as samguessugas cada vez com mais polpa, às sanguessugas não!»