Amigos da onça, filhos do mesmo pai


O editorial da edição desta terça-feira do Jornal de Angola afirma que Lisboa “continua a dar guarida a todos os inimigos da democracia angolana”, comparando as lideranças portuguesas à figura do “amigo da onça”.
Na origem deste editorial está o reforço da cooperação entre Angola e o Brasil, acordado na visita de Estado que o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, realizou ao país até segunda-feira.
“É um exemplo eloquente de como deve ser cultivada uma parceria estratégica”, lê-se no editorial intitulado “Os amigos e as intenções”, que recorda que “não basta repetir frequentemente” que se trata de dois povos irmãos, que são “pilares fortes na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”. Fonte: Observador

«Portugal continua a comer e a calar, não sei porquê, mas é um hábito já habitual deste país que se acobarda a tudo e a todos, quando existe razão para tal tudo bem, mas para com Angola e para com o Brasil não vejo razões para tal.
Só desejava saber afinal quem é esta gente, Portugal depende desta gente para quê? Que moral tem esta gente para nos adjectivarem de  amigos da onça, mas vá lá que lá aprenderam um provérbio bem português, amigos da onça, como diriam eles amigos da onça se falassem em dialecto macacabundo? Ninguém os entendia por esse mundo fora, assim falam como gente, graças ao seu pai português que lhes deu vida, lhes ensinou a falar, e os colocou no mundo.
Ao outro filho brasileiro continuo dizendo que também tem sido um filho que quando olha para o pai português, olha de cara para o lado, também não sei porquê, talvez esteja a abusar do excesso de confiança e da credibilidade que lhe temos dado, ou então a falta de carinho também para com quem lhes ensinou a falar como gente e assim serem reconhecidos por esse mundo fora, mas mesmo assim esquecem-se que estão ainda a anos luz do velho continente.
Portugal não tem que prestar vassalagem a quem quer que seja, e muito menos a quem não a merece, e ainda por cima a quem não nos respeita.
Portugal é já um bisavô como país, e os seus bisnetos têm que o respeitar e prestar a bênção ao bisavô, e não o bisavô aos bisnetos mal educados e ainda em fase de crescerem como gente.
Se Portugal continuar a não lhes dar educação vão com certeza tornarem-se uns meninos escuros muito mal educados, e no futuro irão abusar, para os do outro lado o Atlântico também me parece que precisam de ser repreendidos, estão também um pouco abusadores.»

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