Numa fabrica de calçado em Santa Maria da Feira foram despedidas 20 mulheres e a administração informou que as indemnizações a que têm direito só vão ser pagas a partir de 2015, durante 10 anos. Sem discussão.
Ao mesmo tempo que despediu estas funcionárias, foi aumentado em duas horas diárias o tempo de trabalho das cerca de 140 que ficaram. Sem discussão.
À porta da fábrica, na zona industrial de Cavaco, estão as despedidas e outras empregadas, em solidariedade, quando chega Marisa Matias. Gritam em vozes estridentes palavras de ordem, quando vêm sair os carros dos patrões.
"Chulos! Nós aqui sem ter para comer e eles vão de férias para o Brasil e para o Algarve", atira uma delas, que ali trabalhava há 28 anos. "Eles têm dinheiro, têm muito património aqui. Só não pagam porque não querem", vociferava outra.
«São estas as gentes de Portugal, gente séria e honesta, quem tiver dúvidas é só chegar até cá. Ao fazer fé nesta notícia, e por aquilo que conhece destas gentes faço mesmo fé.
É esta a classe de patrões e industriais que nós temos em Portugal, e é com esta gente que muitos estão crentes que Portugal vai ter futuro? No passado foi assim, mas vivia-mos no fascismo, dizem......., hoje e passados que são quarenta anos de uma coisa tão bonita que se chama um regime democrático as moscas são outras e a merda de gente é a mesma.
Dizem as operárias que estão sem comer, poderá não ser verdade, mas a fartura deve ser muito pouca, mas os Srns patrões vão de férias para o Brasil e para o Allgarve, mais uma vez não duvide, porque só pode duvidar quem não conhece a honestidade desta gente, são capazes de isto e de muito mais, tendem eles a barriga cheia os outros estão fartos, neste caso os que com eles colaboram e lhes ajudam a pagar as férias, mas que patrões!
Será que esta gente tem classe e postura humana para ser patrão? Será que esta gente alguma vez poderá olhar em frente e de cabeça erguida? Onde está a mural desta gente? Mas no entanto estão protegidos pelo tal regime dito democrático e pelas tão simpáticas leis laborais.
Portugal sempre foi assim, nunca foi diferente, foi sempre um país de aldrabões, embora e felizmente ainda haja alguém sério e com mural, mas são muito poucos, afinal que patrões são estes? Não sabem estes senhores que para se ser patrão é necessário a consciência para tal? E que é necessário a tão falada responsabilidade social? Não sabem? Pois é, não sabem, mas se não sabem não podem reclamar também os seus direitos de patrão e serem protegidos com as leias Maquiavélicas que lhes oferecem.
Para finalizar eu pergunto, que país ainda é este e que futuro?»
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