O chefe da missão do FMI em Portugal, Subir Lall, afirmou, esta
segunda-feira, que "é prematuro especular" sobre eventuais aumentos do
salário mínimo, defendendo que a organização está "muito interessada em
discutir políticas que criem emprego".
É curioso que ainda há pouco tempo me
perguntavam se queríamos baixar o salário mínimo e agora a pergunta é
sobre uma subida", afirmou o responsável do FMI, referindo-se a uma
intervenção sua em dezembro de 2013, altura em que esclareceu que cortar
salários mínimos não estava em discussão.
«A vontade destes senhores e de quase todos os que por aqui andam não é colocar os portugueses a viverem um pouco melhor, o que quer dizer a ganharem um pouco mais e a subir a miséria que é o salário mínimo neste país, o que eles querem é de facto colocar-nos a viver em igualdade de circunstâncias com os povos asiáticos, como o Bangladesh e outros que por lá há, viver em Portugal e ganhando o mísero salário mínimo e comprando os bens ao mesmo preço ou até mais altos do que compra um alemão ou um francês é a mesma coisa que só termos direitos a um pequeno almoço por dia, é isto o que o capital desenfreado pretende.
No entanto o que se vê em Portugal é uma fartura muito grande para uns e uma miséria muito grande para outros, veja-se as nossas estradas e ruas, os automóveis topo de gama não faltam em grande abundância, as festas e os passeios esses também, mas se olhar-mos para aqueles países que todos dizem ser países de miséria também isso acontece, então algo está mal, e Portugal não foge à regra, dentro de poucos dias completam-se 40 anos do então 25 de Abril de 1974, tudo parecia que ia mudar e a justiça social também, mas o que é verdade é que passados esses 40 anos tudo ou quase tudo não passou de uma mera ilusão, os ricos e muito ricos cada vez o são mais, os trabalhadores e os pobres, esses crescem em miséria.
No entanto, estes tipos intitulados de troikanos apareceram em Portugal como os salvadores da Pátria portuguesa, ao fim e ao cabo para favorecer quem? quem é que beneficiou com a vinda deles e do dinheiro por eles emprestado? quem? talvez os que se fazem passear nos topos de gama, agora os pequeninos, esses estão ou na pobreza ou estão sobrevivendo com apenas o tal pequeno almoço diário, só e apenas, porque trabalhar com 485 euros por mês de rendimento é melhor morrer deitado, mas é isto que faz com que tudo seja prematuro em Portugal, e é prematuro porque os interesses dos grandes e muito grandes não o torna serôdio.»
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