Nunca faças a cama para os outros


O presidente da Associação 25 de Abril afirmou na quinta-feira que aguarda resposta da presidente da Assembleia da República sobre a condição de usar a palavra na sessão solene do 25 de Abril, que impôs para os capitães participarem na cerimónia, de que estão ausentes há dois anos.
"A senhora presidente da Assembleia da República fez-me um convite telefonicamente, eu disse quais as condições em que nós iríamos, ela ficou de nos dizer alguma coisa, ainda não disse", afirmou Vasco Lourenço aos jornalistas, à margem da apresentação do livro de Manuel Alegre "País de Abril".

«Em Abril de 74 do século passado os militares fizeram o então golpe de Estado em prol da liberdade e da democracia, porque achavam que a liberdade não era a suficiente na época, haviam coisas em que ela de facto não existia mas hoje existem outras em que na tão desejada liberdade também não existe, enfim............
Os então militares com todo o seu esforço e coragem, e enfrentando um poder que era um pouco rígido, poderiam ter sofrido as sequelas se por acaso o processo tivesse corrido mal, mas quis Deus que tudo lhes fosse favorável e assim devolveram a liberdade aos portugueses.
Passados que são 40 anos do processo, os mesmos militares estão e estiveram colocados à parte como se fossem personas non gratas, ao contrário, deveriam ser acarinhados e serem considerados como heróis, mas os poderes prepotentes instalados de há uns anos a esta parte parece que querem fazer dos grande heróis que contribuíram para que estes senhores e estas senhoritas estejam no poder uns meros intrusos e que o 25 de Abril a eles não lhes diz respeito.
Os capitães de Abril pretendem falar na casa do povo, mas a senhorita parece não aceitar, e responde assim, se eles querem falar "o problema é deles", pergunto eu, quem mais direito tem de lá falar? é a senhorita? onde estaria hoje a senhorita se não tivesse existido o 25 de Abril? nos escritórios do regime anterior? provavelmente sim.
Se os homens que nos devolveram a tão aclamada liberdade não podem falar no local que representa a democracia, então mandem esta democracia às urtigas, este senhores e senhoritas que vivam sós, porque em ditaduras com apelido de democracia eu não quero estar.
Vivam os heróis e abaixo estes senhores e estas senhoritas.»

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