Chico-espertice à portuguesa


A administração fiscal incentiva números de contribuinte nas faturas para aceder aos perfis de consumo e fiscalizar as despesas face ao rendimento declarado, denunciou hoje o conselheiro científico da Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributaria e Aduaneira, Vasco Guimarães.
O que a Autoridade Tributária pretende é mais um instrumento de fiscalização do consumo face ao rendimento declarado", afirmou o conselheiro no seminário.

«Não há dúvidas que somos muito bons em dar rebuçados para assim recebermos em troca algo de muito mais importante.
Parece mentira que o fisco português tenha que andar a sortear automóveis par conseguir detetar as possíveis fraudes na declaraçao de rendimentos dos contribuintes.
Não haverá uma forma mais séria e com mais lisura que esta? não terá o fisco outros instrumentos técnicos de trabalho? será esta forma uma forma correta? porque razão andam os contribuintes sérios a pagar automóveis para que se descubra os que não o são?
Eu sempre desconfiei desta medida do automóvel, será que o criador desta medida não terá interesses no negócio dos automóveis?
Há tanta forma de lá chegarem, não chegam porque não lhes interessa, se calhar têm também telhados de vidro, e assim o nº de contribuinte na factura da compra só o põe quem quer.
Este não é um instrumento correto nem coisa que se pareça, é sim uma chico-espertice á portuguesa.»

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