Brasil, plus

 
Pretos contra Brancos. Um mundo diferente em Heliopólis Na maior favela de São Paulo há um colorido jogo na semana anterior ao Natal desde os anos 70. O vencedor é sempre o mesmo: a igualdade 
Isto é giro, até porque é engraçado. Estamos na efervescente Avenida Paulista e sentimo-nos tão pequeninos como o Michael J. Fox em Wall Street no filme "O Segredo do Meu Sucesso". A determinada altura não conseguimos acompanhar o ritmo deles (todos altos e entroncados porque não sabem fazer outra coisa senão malhar, malhar e malhar na academia) nem delas (todas com saltos altos do tamanho do Empire State Building), é tudo a andar em passo de corrida de um lado para o outro, como uma marcha militar.
Inaugurada em 1891, é a primeira avenida arborizada e asfaltada de São Paulo, em 1909, com material importado da Alemanha, uma novidade em relação às grandes cidades europeias e norte-americanas. Com uma extensão de 2,8 km, oito vias para carros e mais oito para pedestres, a Avenida Paulista não é uma avenida, é uma cidade. Insistimos na ideia do tamanho XXL de cada recanto do Brasil. Estatística: se a Avenida Paulista fosse de facto uma cidade, estaria no top 150 das mais populosas do Brasil, com os seus 200 mil habitantes.
Difícil é imaginar que a região, em 1782, é apenas uma grande floresta chamada Caaguaçu ("mato grande" em tupi). Agora é uma grande floresta urbana, sobretudo em hora de ponta. Entre as 8 e as 10 horas, um turista é invariavelmente apanhado em contramão seja qual for o caminho. É uma muvuca, como eles chamam ao máximo congestionamento por metro quadrado. Por falar em metro, nem tente entrar lá em baixo. Claustrofóbico ou não, é um desafio mais insano que aguentar o máximo de tempo sem respirar debaixo de água. Depois dos torniquetes e de uma, duas ou três escadas rolantes para baixo, deparamo-nos com uma fila gigantesca, mais ou menos ordenada, até qualquer das portas do metro propriamente dito. Passa um, dois, três e às vezes, com muito boa vontade, só ao quarto é que conseguimos entrar em modo sardinhas enlatadas. Ler mais em: iOnline

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