Se comprares da minha marca tens desconto


 
Há cartões de desconto nas farmácias há mais de um ano Ministro confessou desconhecer este tipo de campanhas e mandou investigar. São parcerias entre ANF e laboratórios e abrangem remédios comparticipados 
Não são campanhas massivas como os portugueses se habituaram a ver nos supermercados, mas desde Março de 2012 que são consideradas prática habitual nas farmácias, até por terem o carimbo da Associação Nacional de Farmácias. Os utentes chegam com a receita, mostram um cartão que lhes foi dado pelo médico no momento da prescrição ou em associações de doentes e têm um desconto na hora sobre o preço na embalagem. O valor é reembolsado às farmácias pela ANF, que apresenta a factura aos laboratórios que dão o desconto. Neste momento, segundo informação interna da associação à qual o i teve acesso, há seis campanhas activas. Pelo menos em três casos, os descontos visam remédios comparticipados pelo Estado. Se o médico optar pelas marcas em causa, o utente chega a pagar metade. É o caso de remédios para a hipertensão ou Alzheimer.
O ministro Paulo Macedo mostrou-se ontem surpreendido com a existência destas iniciativas quando confrontado com uma notícia do “Público”, que dava conta da existência de um desconto de 28,4 euros na compra de uma vacina contra o cancro do colo do útero da Sanofi Pasteur – uma de duas disponíveis no mercado e só financiadas pelo Estado em adolescentes de 13 anos, ao abrigo do Plano Nacional de Vacinação. Com este desconto, mulheres que até aqui pagavam 125 euros/dose pagam 95.
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