Isabel Jonet nas comemorações do 10 de Junho A presidente do Banco Alimentar, Isabel Jonet, foi a personalidade
escolhida para homenagear a 10 de Junho, junto ao Monumento aos
Combatentes do Ultramar, em Belém, as mães, mulheres e irmãs dos
militares destacados para a Guerra de África nas décadas de 60 e 70 do
século passado, mas também daqueles que hoje participam nas missões de
apoio à paz.
O meu repúdio a esta ou outras homenagens, não sei se por acaso se por razões foi escolhida uma figura que se chama Isabel Jonet que é a presidente do Banco Alimentar, para homenagear os Combatentes do Ultramar.
As vítimas da guerra colonial e em particular, são todos aqueles que estiveram lá fisicamente como eu, passadas que são quase quatro décadas do nosso regresso lamento muito o desprezo com que nós combatentes nas ex colónias portuguesas sofremos, nunca quanto eu saiba fomos ouvidos ou consultados sobre a nossa situação física mental ou outra, chegamos e fomos entregues à família mal e porcamente.
Nunca este Estado se lembrou do grande sofrimento que cerca de um milhão de homens portugueses tiveram naquela guerra estúpida e sem qualquer justificação, não comparável aqueles que nos dias de hoje participam em missões de paz, o que não é comparável, porque, enquanto esses vão de livre vontade e ganhando ordenados supérfluos, nós ia-mos obrigados e sem qualquer vencimento, e para uma guerra,! davam-nos apenas um humilde prémio como se dá um rebuçado, sempre me apeteceu mandá-los meter o prémio no cu.
Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, será que quem a nomeou está a pensar em alguns combatentes que por uma ou outra razão qualquer estão passando fome? se é essa a razão da nomeação, então da minha parte e como digo atrás tem todo o meu repúdio, porque existem muitos a quem a guerra não lhes trouxe nada de bom, trouxe-lhes doença e pobreza, e hoje continuam a sofrer o desprezo da sua própria pátria madrasta que só se lembrou deles nos momentos me que eram jovens e deles precisara.
Deixe a seguinte questão: não seria-mos nós ex-combatentes merecedores de uma atenção qualquer por parte deste Estado padrasto? penso que sim!
Por estas razões acho que deviam ter vergonha em fazer homenagens a estas pessoas, quando muitos precisavam mais de cuidados de saúde e de cuidados materiais do que homenagens hipócritas.
São tão hipócritas como são as alvissaras que nós os combatentes recebemos anualmente, pela parte que me toca recebe 100 euros todos os anos junto à minha reforma no mês de Outubro; obrigado senhor Paulo Portas pela gentileza, foi o senhor que ao menos se lembrou de nós! isto é uma ironia? é um simples gesto aportuguesado e cagado.
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