Ministra da Agricultura convida portugueses a trabalhar nos campos de Odemira A ministra da Agricultura afirmou hoje que há "oportunidades reais" de emprego para mão-de-obra qualificada nas explorações hortofrutícolas do concelho de Odemira, apelando aos portugueses para que se interessem por esta área."Hoje, eu creio que a agricultura e o setor agroalimentar já são entendidos e percecionados também pelas pessoas (...) como, de facto, áreas importantes para o crescimento do país, para a geração de emprego", referiu Assunção Cristas.
"Aqui há oportunidades de
emprego", disse Assunção Cristas aos jornalistas durante uma visita à
Maravilha Farms, uma empresa de produção de frutos vermelhos, cujo
responsável referiu a dificuldade em contratar trabalhadores de
nacionalidade portuguesa.
A governante defendeu que se trata de
"um trabalho importante para se fazer" e para o qual "é preciso ter
alguma qualificação", uma vez que a apanha é completamente manual e
estes frutos, como framboesas, morangos e mirtilos, "têm os seus
requisitos próprios".
"Mas haja interesse das pessoas e há também
com certeza interesse em fazer essa formação", afirmou Assunção Cristas,
que visitou hoje as explorações da Vitacress, da Maravilha Farms e da
Atlantic Growers, instaladas no concelho do sudoeste alentejano.
O
diretor-geral da Maravilha Farms, Luís Pinheiro, indicou à agência Lusa
que "apenas 10%" dos trabalhadores agrícolas que a empresa tem em São
Teotónio são portugueses.
Nestes campos trabalham, "essencialmente", búlgaros, romenos, ucranianos e, desde há cerca de três anos, tailandeses.
Esta
dificuldade de recrutamento deve-se, na opinião do gestor, a "algum
desligamento entre os portugueses e a agricultura há alguns anos, que
tem sido difícil de retomar", sendo esta atividade encarada como
"desprestigiante".
O responsável notou, no entanto, uma alteração nos últimos dois anos, com uma "maior procura por parte dos portugueses".
Em
Tavira, onde a Maravilha Farms tem cerca de 20 hectares de produção de
framboesas e morangos, "quase 50% da mão-de-obra" é de nacionalidade
portuguesa, indicou Luís pinheiro.
A ministra da Agricultura tem o mesmo entendimento sobre esta mudança de mentalidades relativamente ao trabalho na agricultura.
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