Eliminação de guias de transporte pouparia 20 mil milhões por ano Exemplo
As novas regras, que agora se prevê entrarem em vigor no início do
Verão, obrigam uma empresa de serviços de piscina ou ar condicionado que
tem 20 viaturas na estrada e cujos técnicos executam instalações de
máquinas ou reparos simples que foram planeados antecipadamente, a
pedirem à autoridade tributária autorização para transportarem qualquer
tipo de material. Neste cenário, o registo das guias de transporte é um
esforço adicional, mas ainda assim alcançável.
Mas o caso muda de figura quando se trata da área dos serviços e
manutenção. Centenas de diferentes peças de reposição, líquidos de
refrigeração, tubos de diferentes diâmetros, produtos químicos para
piscinas, parafusos, filtros, etc., devem ser transportados e registados
antes de a viatura de serviço se pôr a caminho na estrada.
AT demora cinco minutos
Cada viatura serve uma média de 10 a 15 clientes por dia. Ou seja, o
inventário na viatura muda a cada serviço, o que resulta em igual número
de procedimentos de registo. As Finanças garantem um tempo de reacção
de cinco minutos, o que é pouco realista, especialmente em horas de
ponta. Estimando em apenas oito minutos para estes requisitos
administrativos, a perda média em termos de tempo é de de 100 minutos
por dia.
Ou seja, mais de 30% do tempo de trabalho produtivo de cada técnico (de
um total de oito horas diárias, três são gastas na carga e descarga,
preparação e deslocações. O que representa apenas 300 minutos de
trabalho produtivo.
Numa época em que os cortes nas despesas sociais se transformaram na
obsessão máxima do governo, uma simples assinatura permitiria poupar
mais de 20 mil milhões de euros por ano aos contribuintes. Mais do que
os 15 mil milhões correspondentes à próxima tranche da troika ao país,
empancados num novo plano de contenção de direitos adquiridos a milhares
de portugueses. Ler mais Aqui
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