Carne contaminada com bactérias de fezes - Saúde A carne picada vendida em talhos e analisada no estudo da revista
‘Proteste’, da Associação de Defesa do Consumidor – DECO – continha
bactérias que revelam contaminação fecal e microorganismos que podem ser
fatais, como E.coli, a salmonela e a listeria.
Nuno Dias, autor do estudo, afirmou ao CM que a
contaminação fecal da carne pode ser reveladora de falta de higiene de
quem manuseou a carne. Mas não só. A contaminação microbiológica pode
ter ocorrido ao longo do processo de tratamento do alimento.
"No
momento do abate do animal, no matadouro, pode ocorrer a contaminação
microbiológica. Quando o animal é morto terá havido escoamento do
conteúdo do intestino para a carne, contaminando-a", sublinhou Nuno
Dias.
Segundo aquele responsável, a carne
contaminada com bactérias fecais foi detetada "não só nos talhos como
também em hipermercados e supermercados".
O autor
do estudo considera, ainda, preocupante a presença de salmonelas e
listeria na carne, que, dependendo da quantidade de carne consumida e da
saúde da pessoa, pode levar à morte.
Conservantes proibidos na carne picada (sulfitos) foram também detetados nas análises do estudo da ‘Proteste’.
Segundo
Nuno Dias, os sulfitos foram usados para restaurar a cor primitiva da
carne e dar uma aparência de frescura ao produto, quando pode já não
estar.
A confiança dos consumidores foi ainda
abalada com a apreensão, pela Autoridade de Segurança Alimentar e
Económica (ASAE), de 45 toneladas de carne de vaca congelada contendo
carne de cavalo. O inspetor-geral da ASAE António Nunes, afirmou ao CM
que a apreensão foi feita num centro de transformação de carne, que
vende à indústria e ao público.
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