Patrões defendem pagamento de 14 salários em 12 meses para sempre O dirigente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) Gregório Novo defendeu hoje que os subsídios de férias e de Natal deveriam ser diluídos ao longo de 12 meses, pondo assim termo ao pagamento dos 13.º e do 14.º mês.
"A CIP tem preconizado a
anualização dos salários, ou seja, deve haver um salário anual pago como
regra 12 vezes por ano, ou seja, um salário anual pago em 12 prestações
anuais e a exceção deveria resultar de acordo do trabalhador ou de
contratação coletiva que poderia ter outra forma de repartição,
nomeadamente, as 14 vezes por ano que temos neste momento", defendeu
Gregório Novo.
O dirigente da CIP esteve a ser ouvido ao final da
manhã de hoje na Comissão de Segurança Social e Trabalho, no âmbito da
proposta do Governo que visa o pagamento em duodécimos de metade dos
subsídios de férias e de Natal no setor privado em 2013.
A
proposta do Executivo merece críticas por parte da confederação
patronal, em particular "a circunstância de tornar necessário muitos
ajustamentos ao nível dos processamentos informáticos, o que assume
ainda mais alcance pelo facto de se tratar de uma medida para vigorar
apenas um ano", traduzindo-se num investimento gravoso para as empresas,
segundo o dirigente.
"Se fizéssemos essa alteração para vigorar
em velocidade de cruzeiro, para o futuro, por muitos anos, esse
investimento acabaria por diluir-se. Agora, fazer só por um ano, é
gravoso", sustentou Gregório Novo.
No entender do representante
dos patrões, o cenário ideal seria somar os 14 salários e dividi-los por
12 meses de forma permanente.
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