A minha terra


Nunca aqui no Marafadagem me deu para falar da minha terra, mas hoje inesperadamente dei um passeio por lugares da minha terra onde raramente passe.
A minha terra, está situada bem ao sul deste Portugal assombrado, e no Barlavento Algarvio, era nos tempos em que eu nasci e até há não muito tempo, uma cidade em que eu me orgulhava de dizer que era a cidade mais bonita do mundo, e também muitos que a visitavam, tinham uma opinião de aplauso.
As características que a lavavam ao meu bom gosto, era o seu Rio Arade, onde ele se encontra, a sua bela Praia da Rocha, o seu interior comercial, as suas indústrias, a sua vida diurna e nocturna, os seus usos e costumes, a sua gastronomia, as sua gentes, etc.
Hoje deu-me para dar uma volta, volta esta que raramente me apetece fazer, e verifiquei que à medida que os tempos passam, gosto menos da minha terra, as razões são inúmeras.
A melhor cidade do mundo que era para mim, hoje é a pior do mundo, a meu ver, está completaente desconehcida, descaracterizada, as gentes não são as mesmas, são outra coisa qualquer, ninguém diz bom dia ou boa tarde, porque ninguém se conhece, não porque a bela cidade tenha crescido para além do que é normal, mas a razão é porque são habitantes que vieram de outras parágens, por vezes não sei se  estou no Minho, no Alentejo, ou em Àfrica, só sei que não gosto, não pelas pessoas, mas por aquilo que os responsáveis fizeram dela.
Uma cidade onde existem ruas onde o sol quase não entra, onde o aspecto urbano é desagradável, passa-se hoje por ruas onde nos meus tempos de juventude nem uma carroça lá passava, e hoje são ruas principais, tirouse-se a cidade do rio, embora os que a descaraterizaram digam ao contrário para seu interesse, como é natural, uma cidade onde não se consegue encontar algo de qualidade, não há comércio, não há indútrias, não há sutaque, não se consegue encontar no comércio um artigo de qualidade, porque os comerciantes tiveram que fechar as portas, por razões que todos nós conhecemos, mas temos lojas de Chineses, valha-nos isso!
Isto tudo em prol do progresso dizem eles! eles, que são aqueles que o povo vota, só que por vezes se engana e vota mal, têm sido sempre os mesmos, e já lá vão trintas e tantos anos, mas o povo vota, então acha que está bem, eu não! não voto na incompetência, no despesismo, no não saber, na arrogância das vaidades, na falta de humildade para confessarem a sua incompetência.
Hora vejamos o estado em que se encontra aquela  que era a melhor cidade do mundo: Como disse atrás, o seu ambiente paisagístico, é a meu ver e não só, é deplorável, e isto não é só o efeito da crise, não é não! é o efeito da má governação de gastar a mais e não saber poupar, talvés uns petiscos para os amigos, uma bricadeira supérfluas, etc., e por isso há passeios onde não se pode caminhar, porque as copas das árvoras não deixam, ou então são árvores a mais, cá está um despesismo, com um terça das árvoras gastava-se menos e a paisagem era mais bonita, os jardins, as rotundas e outros mais parecem prados de pastagem para animais, porque não há trabalho de jardinagem, dizem que não há dinheiro, pois agora não, não há, gastaram-no quando havia e mal, as ruas são semelhantes às ruas dos anos 50 de século passado, andamos-nos a desviar dos buracos para poder-mos passar, não existe uma rua que se diga, vou dar uma volta porque esta rua é agradável, não, não há! Cuidem da minha cidade, e não sejam vaidosos, sintam-se culpados! como diz o outro, e passe a publicidade, »PORTIMÃO SEMPRE«

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