"Poortugal" é humor nacional apreciado por revista britânica

Os britânicos terão ficado satisfeitos e agradecidos quando, em Portugal, o governo socialista decidiu apelidar a região preferida dos súbditos de Sua Majestade de "Allgarve". Agora, sorriem quando lêem que a mesma capacidade criativa e inventiva portuguesa descobre um apelido também para o país: "Poortugal", que é como quem diz "Portugal dos Pobres". 
Não se sabe se os britânicos já renomearam o nosso país e andam pelos "pubs" a relembrar as suas aventuras de férias nas praias e no caos urbanístico de algumas terras do "Allgarve" lá no "Poortugal".
O que se sabe é que a revista de assuntos económicos "The Economist" está atenta à capacidade inventiva portuguesa e a quem também preza, como eles, o humor, nem que seja negro, como é o caso. E, tendo lido algures na imprensa portuguesa a pilhéria do "Poortugal", depressa a divulgou ao povo britânico, aproveitando para dar conta da austeridade que vai na terra onde eles parece que ainda gostam de vir a banhos.À parte o sarcasmo inicial do "Poortugal", o jornalista retoma um tom sério quando relata as expressões - agora, sim - dramáticas que têm servido, a políticos e economistas portugueses, para classificar os planos de austeridade: "brutal", "um crime contra a classe média" e "bomba atómica fiscal".
A revista ainda dá conta das inúmeras vozes discordantes do discurso do ministro Vítor Gaspar, que garante ser a sua proposta de Orçamento de Estado para 2013 a "única possível".
Não falta a referência aos muitos protestos de rua, nos quais têm participado "dezenas de milhares" de portugueses, que acreditam que "esmagar as famílias trabalhadoras não é apenas desnecessariamente doloroso, mas também estrangula o crescimento".
A concluir, a revista recorda o prestígio que Portugal tem ganho em Bruxelas e Berlim - ao contrário da Grécia - por ser um "aluno exemplar" para a zona euro. E isso - refere - pode ser uma ajuda se e quando o governo espanhol solicitar um resgate e começar a discutir com a troika se, alguma vez, mais austeridade fiscal será realmente uma decisão sensata. Fonte:JN

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