O economista e conselheiro de Estado Vítor Bento defendeu hoje que a
evolução demográfica é determinante para a evolução económica de um país
e que a idade da reforma deve ser estendida para ajudar as gerações
"mais entaladas".
"Se a população vive mais tempo,
tem de trabalhar mais tempo. É a única forma de ajudarmos a geração dos
pais que é a mais entalada", afirmou Vítor Bento na conferência anual do
conselho empresarial para o desenvolvimento sustentável-BCSD Portugal,
que decorreu esta manhã no Centro de Congressos do Estoril, concelho de
Cascais.
O economista, que falou sobre "o contexto socioeconómico
dos próximos 20 anos", afirmou que quando se fazem previsões a longo
prazo é preciso ter em conta duas variáveis: população e recursos, sendo
a primeira "a mais importante".
"A estabilidade da Europa assenta
num contrato social intergeracional que está sujeito a tensões cada vez
maiores, dadas as alterações demográficas. Boa parte da crise da Europa
é resultado dessa tensão", frisou.
Vítor Bento salientou ainda
que a realidade do país traduz-se em desafios económicos de longo prazo
que precisam de soluções a curto prazo e "esse é o grande problema".
"A única coisa que podemos ter certeza do futuro é que vai continuar cheio de incertezas", concluiu.
A
conferência anual do conselho empresarial para o desenvolvimento
sustentável-BCSD Portugal tem este ano como tema "Mudar o rumo: o que
podem as empresas fazer pela sociedade?" e reuniu, esta manhã, vários
empresários para debaterem melhores práticas para um desenvolvimento
sustentável.
O encontro teve representantes de 111 empresas
associadas à BCSD Portugal e contou com a presença do primeiro-ministro,
Pedro Passos Coelho, e do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.
Fonte: DN
(Não posso deixar de fazer uma critica a estes critérios de opinião: 1º, trabalhar mais, qualquer dia estão a pedir para se trabalhar mesmo dentro da cova; 2º, onde está o trabalho? e como se cria trabalho; 3º, nesta conjuntura actual em que se vive no mundo, o trabalho no seu sentido, não vai ser tão necessário como era há 50 anos atrás, porque se produz mais com menos trabalho e menos mão de obra, esta gente parece que ainda não perceberam o mundo em que vivem.
Estou cansado de dizer, que o trabalho, ou emprego, só vai existir para 40% da população, os 60% restantes, esses não vão ter emprego, porque não vão ser necessários, os 40%, vão produzir, tudo o que nos faz falta e ainda sobra, estamos numa era tecnológica, será que é difícil entender isto? a não ser que se volte ao século 18 ou 19, então aí sim vai haver trabalho para todas as pessoas.
Que economistas são estes que não sabem destas coisas?, volto a dar um exemplo, não há muitos anos, uma simples agência bancária tinha 40 funcionários, hoje, a mesma agência, tem 6 ou 7, porquê? responda senhor economista? uma fábrica industrial tinha 2000 operários, hoje tem 500, produzindo o triplo, porquê? é porque as tecnologias existem!, e cada dia que passa mais vão existir, por isso, a chamada mão de obra, cada vez é menos necessária! Entendido? E como se vai fazer? pois o problema está aí, qualquer outra hipótese é pura demagogia para arranjar tempo e desculpas.)
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