Milhares contra a austeridade nas ruas das principais cidades do País



Em Lisboa, milhares de pessoas já estão a caminho da Praça de Espanha e no Porto são também milhares os que desfilam na Avenida dos Aliados contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, num protesto que também vai decorrer noutras 40 cidades portuguesas.

Os milhares de pessoas que se concentraram na Praça José Fontana, em Lisboa, de onde sai a manifestação "Que se lixe a troika" Queremos as nossas vidas!", começaram a partir em direção à Praça de Espanha às 16:50.
Os manifestantes iniciaram o percurso, que passa pelo Saldanha, Avenida da República, onde estão situados os escritórios do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lisboa, e Avenida de Berna, dez minutos antes do previsto.
Muitos gritavam palavras de ordem como "Portugal", "Gatunos" e "O povo unido jamais será vencido", tinham no ar os punhos cerrados e empunhavam a bandeira nacional.
O apelo para a manifestação "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" surgiu na Internet, através das redes sociais, e foi inicialmente organizada por algumas pessoas de Lisboa, mas acabou por ser acolhida em várias regiões de Portugal, assim como em Fortaleza (Brasil), Berlim, Barcelona, Bruxelas, Paris e Londres.
No Facebook, são mais de 50 mil aqueles que dizem ir à manifestação de Lisboa, que começou às 17:00, na Praça José Fontana, e terminará na Praça de Espanha. Já no Porto, o protesto começou na Avenida dos Aliados.
Criada ainda no mês de agosto, a manifestação ganhou peso após as medidas de austeridade anunciadas na semana passada pelo primeiro-ministro, Passos Coelho.
Os signatários do protesto já afirmaram que a manifestação de hoje pretende ser o "início de uma revolta popular pacífica" contra as políticas "criminosas e de saque", e uma oportunidade para todos dizerem "basta!".
Sem adiantar pormenores sobre o policiamento para as manifestações, a PSP afirmou que preparou o dispositivo policial tendo por base manifestações anteriores e o atual momento do país, além de perspetivar "cenários que podem ser equacionados" durante o dia.
Nesse sentido, a PSP vai prestar especial atenção aos locais onde vão afluir mais pessoas, nomeadamente transportes públicos, manifestações públicas e discórdias que possam ser resolvidas ou minimizadas com a presença policial.
"Os recursos humanos e materiais da PSP serão utilizados de forma gradual e em função do grau de conflitualidade ou da movimentação de pessoas, tendo sempre presentes os níveis de ameaça e a avaliação permanente do risco", adiantou uma nota da direção nacional da PSP enviada à Lusa.
Fonte:  DN

Comentários