Os bancos não estão a cumprir os planos de recapitalização assinados
com o governo há dois meses no que respeita ao financiamento da
economia, uma situação que está a ter efeitos devastadores na vida das
PME.
Quando recorreram à ajuda estatal, o BCP, o BPI e também a CGD, noutros
moldes, ficaram obrigados a investir este ano 45 milhões de euros em
pequenas e médias empresas e nas famílias, mas o mecanismo para
concretizar esse financiamento ainda não está operacional.
A Glasslook, Lda. é o exemplo de como podem ser brutais as
consequências da asfixia financeira. A empresa, que exporta quase tudo o
que produz, acabou de decidir fechar, com uma carteira de encomendas
superior a 300 mil euros. São 18 pessoas que vão para o desemprego
devido a problemas de tesouraria, depois de governo e bancos terem
anunciado medidas que parecem não ter efeitos práticos.
O BCP e o BPI têm de injectar anualmente 30 milhões de euros para
capitalizar PME, montante que será aplicado através de um fundo que
investirá em participações sociais, uma obrigação que foi estendida à
CGD. No total são 90 milhões por ano, enquanto durar a intervenção
pública nos bancos, que em Junho receberam 6,150 mil milhões de euros do
Estado.
A sócia gerente da Glasslook não sabe onde pára esse dinheiro. “Há
bancos a aplicar spreads de 10%... O ministro da Economia disse que
existe um gabinete de apoio e protecção às PME, mas quem é que sabe onde
ele está? As linhas de financiamento são para esquecer e o QREN deixa
de fora as empresas de Lisboa”.
Ler artº. completo em: iOnline
Nem tudo o que supostos empresários afirmam corresponde à realidade. Teria sido mais indicado que se tivesse feito uma pequena pesquisa sobre os dados apresentados nessa reportagem. E já agora, os funcionários com ordenados em atraso, fornecedores com dívidas superiores a um ano e clientes enraivecidos por incumprimento de prazos de entrega... Marafados ficaram os outros enquanto que a gerência da Glasslook goza os seus dias de sol junto da piscina, passeiam em carros novos e os outros, os que deram ao litro pelo projeto nem pão têm para pôr na mesa...
ResponderEliminarMas sim, por gestão danosa e não por falta de investimento foi a Glasslook à falência