A tarefa era encontrar uma alternativa para o chumbo do corte dos
subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e dos
pensionistas – o chumbo de uma das principais medidas de consolidação
orçamental tinha sido decidido em Julho pelo Tribunal Constitucional com
a justificação da má repartição dos sacrifícios com os trabalhadores no
privado. A alternativa foi anunciada ontem pelo primeiro-ministro: o
governo não mexe na prática na austeridade imposta sobre funcionários
públicos e pensionistas e resolve o problema da equidade impondo um
corte salarial no sector privado que financia um alívio da carga fiscal
para as empresas.
Os trabalhadores por conta de outrem no privado vão passar a pagar 18%
de contribuição para a Segurança Social, uma subida de sete pontos face
aos actuais 11%. O aumento de tributação sobre as pessoas – que será
mais penalizador do que um corte de um subsídio de férias – servirá para
financiar a totalidade de um corte na taxa paga pelas empresas à
Previdência, de 23,75% para 18%. Passos Coelho não explicou se a medida é
temporária ou permanente.
Os funcionários públicos verão ser formalmente devolvido um dos
subsídios (férias ou Natal), que será diluído pelos 12 meses do ano
(acaba o pagamento em 14 prestações) – logo de seguida, contudo, verão
esse subsídio ser absorvido pela subida das contribuições para a
Segurança Social, também de 11% para 18%. O outro subsídio permanece
suspenso até ao final do programa de ajustamento, pelo que o rendimento
disponível será o mesmo em 2013 indicou Passos Coelho. Os pensionistas
continuam sem qualquer um dos dois subsídios.
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