O
Estado continua a pagar milhões de euros a funcionários que saíram da
Administração Pública em regime de licença extraordinária. Há quem tenha
conseguido esta licença por 20 anos.
O
Estado ainda está a pagar cerca de 11 milhões de euros em licenças
cerca de mil funcionários que saíram da Administração Pública para
trabalharem no setor privado.
Este regime de licença
extraordinária beneficia sobretudo trabalhadores que estão no escalão
máximo. Alguns conseguiram esta licença por 20 anos. Deste modo, e
apesar deste regime ter sido revogado pelo Governo, a despesa do Estado
mantém-se.
A licença extraordinária foi criada pelo Governo de
José Sócrates para que os funcionários públicos na mobilidade especial
pudessem aceitar um emprego no privado, com a garantia de manter o
vínculo à função pública.
Os trabalhadores neste regime continuam a
ter acesso aos subsistemas de saúde como a ADSE, o tempo de serviço e
os descontos para a reforma também se mantêm válidos e além de receber o
salário no sector privado ganham todos os meses um subsídio do Estado.
O
Diário Económico adianta que há licenças superiores a 20 anos e na
grande maioria dos casos o Estado paga entre 485 e os dois mil euros.
Segundo
os números do Ministério da Finanças há mais de uma centena de
trabalhadores a receber entre dois e três mil euros e há mesmo casos de
funcionários que todos os meses recebem uma licença extraordinária
superior a quatro mil euros.
O Diário Económico escreve ainda que
mais de metade dos cerca de mil trabalhadores com direito a licença
extraordinária têm entre 51 e 60 anos.
Fonte: TSF
Esta foi uma das medidas emblemáticas do engº Sócrates no que à função pública diz respeito. A ideia era pagar uma parte do vencimento e o pessoal sair e ir procurar outra vida no privado. Obviamente que foram os mais qualificados a aproveitar. São, aliás, os mais requisitados e em situações de igualdade os preferidos pelas empresas.
ResponderEliminarClaro que quem ganha pouco não se pode dar a esses luxos porque nesse campo está o mercado mais que saturado, como o demonstram os números do desemprego.