07/07/2012

Os privilégios continuam


Com a decisão do Tribunal Constitucional, "a única solução para manter o compromisso de ajustamento que é essencial que Portugal cumpra, é alargar as medidas a outros, que não pensionistas e funcionários públicos. Terá de haver uma medida em termos orçamentais equivalente a esta e tem de ser pelos privados."
Foi esta a reação de Pedro Passos Coelho ao acórdão do Tribunal Constitucional que diz ser inconstitucional o corte dos subsídios de férias e de Natal só aos funcionários públicos e pensionistas em 2013 e 2014.
A decisão do tribunal foi tomada por violação de um princípio de igualdade mas abre uma exceção relativamente a este ano pelos efeitos que teria no défice e na obrigação de cumprir as metas impostas pela troika. 
"O Governo não tomará decisões em cima do joelho. Vamos estudar o assunto e apresentar uma nova medida, discutida no âmbito do Orçamento do Estado", afirmou ainda o primeiro-ministro. "Renegociar com a troika está fora de causa", acrescentou. "Os nossos compromissos são para cumprir. No dia em que assumirmos o contrário a confiança desvanece-se. Isso não acontecerá comigo à frente do Governo."

(Afinal quem é que pesa ao estado? serão os trabalhadores do privado? não me parece. Então porque vão ter que participar nas medidas de sacrifício? é o estado que paga os vencimentos, as férias e subsídios de Natal aos trabalhadores do sector privado? ou são os empresários?
Mais uma vez os do privado são cidadãos de 2ª, porque continuam a ser aqueles que estão desempregados, os que menos ganham, os que não têm direitos adquiridos, os que perdem todos os dias os empregos, etc.,

Os trabalhadores e empresas privadas são os que produzem a riqueza do País, já pagam os seus impostos, e não são poucos, e as regalias que têm são terem sempre em aberto o desemprego, coisa que os trabalhadores do estado não têm. Não têm 2 sistemas de saúde, como os do estado, não têm a regalias conquistadas, mas quando toca  sacrifícios la estão todos incluídos no mesmo rol.

Se os trabalhadores do privado possuem direito ao subsídio de desemprego, é porque trabalham e fazem descontos para a segurança social, se não lhes querem dar, então que não os obriguem a fazer esses descontos. Não vejo porque razão os privados hão de ter que pagar os pesos estatais, já pagam impostos.

Quando uma empresa privada não tem dinheiro para pagar aos seus funcionários, o estado não vai pedir sacrifícios aos seus funcionários para ajudar esta ou aquela empresa, porque então agora se pede ao privado para participar nas dificuldades do estado em pagar aos seus empregados? dêem-nos os mesmos direitos e as mesmas regalias, e então aí sim concordava, caso contrário é uma injustiça, porque eu trabalhador privado nada tenho a ver com as dificuldades do estado em pagar aos seus empregados, já cumpre com o meu dever cívico, que é pagar impostos.) Eu digo não!

1 comentário:

  1. "Afinal quem é que pesa ao estado? serão os trabalhadores do privado? não me parece"

    Como escrevi hoje no meu blogue não dou para peditórios onde se pretende pôr trabalhadores do privado contra o público ou o contrário. Até porque cá em casa temos as duas situações...

    Digo-lhe apenas, dentro do maior respeito que tenho pela sua opinião, que nem tudo é preto ou branco. Por exemplo a sua frase, que acima transcrevo, lembrou-me logo a Mota-Engil e muitas outras empresas, nomeadamente dessas que se fartam de ganhar com as famosas PPP. Desconfio que os empregados dessas empresas trabalham tanto para o Estado quanto eu.

    Quanto à ADSE não se esqueça que é financiado com o desconto dos trabalhadores. Enquanto no privado se desconta 11% de TSU, no sector público é 11% de CGA mais 1,5 % para a adse. É melhor?! Sem dúvida que sim, desde que eu possa pagar 100 euros por um exame e esperar 6 meses que me comparticipem a despesa em 20...

    Abraço.

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