Os dez mais ricos de um jardim de cardos cheio de pobres

 
1. Alexandre Soares dos Santos: 2070 milhões de euros
 
Sector: Retalho alimentar
O presidente da Jerónimo Martins é um dos empresários  mais bem sucedidos do país. Tem uma assumida obsessão pelo rigor e pontualidade no trabalho e recebeu o prémio Lifetime Achievement em Mercados Financeiros em 2006, atribuído pela consultora Deloitte. No ano passado, a sua empresa teve o melhor desempenho da bolsa de Lisboa, algo que contribuiu para a sua ascensão ao topo das fortunas em Portugal. Chegou a frequentar a Faculdade de Direito em Lisboa, mas deixou de estudar quando foi trabalhar na Unilever. Em 1989, estava no Brasil quando o pai, presidente da Jerónimo Martins, morreu. Regressou a Portugal e conseguiu um crescimento extraordinário da empresa. Apesar dos bons resultados, 2012 está a ser um ano complicado: a crise e a retração no consumo obrigaram a JM a entrar em promoções. No 1º de Maio, o desconto de 50% custou dez milhões de euros à empresa.

2. Américo Amorim: 1900 milhões de eurosSectores: Cortiça, moda, imobiliário, energia e banca
Aos 78 anos, Amorim é dono de um império que começou a construir nos anos 50 na fábrica de rolhas de cortiça do avô. Depois de fundada a Corticeira Amorim, em 1983, ficou conhecido como o "Rei da Cortiça", mas nos anos 80 e 90 decidiu diversificar. Fundou o BPI, o BCP e o BNC (Banco Nacional de Crédito Imobiliário) e a Telecel, que depois vendeu à Vodafone por 100 milhões. Em 2003 entrou no capital do Banco Popular, onde ainda hoje se mantém, e em 2005 comprou 33,34% da Galp, que elegeu agora como seu principal projeto. Este ano foi eleito chairman da petrolífera - ainda na semana passada pagou 590 milhões de euros para ficar com mais 5% e, consequentemente, seu principal acionista. Tem negócios também em Angola e Moçambique. Apesar da fortuna, Amorim é um homem simples: "Não me considero rico. Sou trabalhador".
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