O arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, confessou esta sexta-feira que quase
se engasgou quando esta manhã tomava o pequeno-almoço e leu que o
antigo presidente do BCP, Jardim Gonçalves, recebe uma reforma de cerca de175 mil euros
"Confesso
que quase me engasguei", referiu Jorge Ortiga, que falava em Barcelos,
durante a cerimónia de inauguração de uma creche, na presença do
secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco
António Costa.
Jorge Ortiga, também presidente da
Comissão Episcopal da Pastoral Social, pretendia assim reclamar mais
igualdade e mais solidariedade social, numa altura de crise, em que há
"tantos portugueses em dificuldades".
No final, em
declarações aos jornalistas, Marco António Costa lembrou que aquela
reforma "não é paga pelo Estado, mas por um banco".
Aproveitou
para sublinhar que o Governo descongelou as pensões mínimas de mais de
um milhão de portugueses, uma medida que significa "um esforço
financeiro para o Estado superior a 80 milhões de euros".
O
Tribunal de Sintra declarou-se incompetente para julgar a pretensão do
BCP quanto à redução da pensão de reforma de Jardim Gonçalves,
absolvendo-o do pedido apresentado pelo banco, segundo revelou
quinta-feira à Lusa fonte próxima do processo.
O
BCP pretendia baixar a pensão mensal do fundador e antigo presidente do
banco, que rondará os 175 mil euros, entre outras regalias que Jardim
Gonçalves manteve intactas após a sua saída do banco no final de
Dezembro de 2007.
Depois de ter chegado a acordo
com outros antigos administradores do banco, o que não foi possível
alcançar com Jardim Gonçalves, o BCP avançou com uma acção judicial
contra o gestor, cuja decisão foi agora conhecida, mas que ainda poderá
ser passível de recurso.
Retirado de: cmanhã
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