Isaltino Morais já não pode ser condenado por corrupção no processo das
contas da Suíça, apesar de este crime ter ficado provado quando foi
julgado.
É mais um episódio num processo recheado de imbróglios
jurídicos. Em Julho de 2010, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a
condenação do autarca decretada pelo Tribunal de Oeiras, mas anulou a
parte relativa ao crime de corrupção, invocando uma irregularidade
processual. Por isso, a Relação ordenou a repetição dessa
parte do julgamento (em que está em causa o favorecimento de um
empreiteiro a troco de dinheiro, em 1996).
Como esse
acórdão da Relação só transitou em julgado nos últimos meses (após a
decisão do último recurso, no Tribunal Constitucional), essa repetição
só agora aconteceu. Assim, na tarde de quinta-feira da semana passada,
Isaltino Morais regressou ao Tribunal de Oeiras – de onde saíra em 2009,
recorde-se, condenado a sete anos de prisão por corrupção passiva,
fraude fiscal, abuso de poder e branqueamento de capitais, pena depois
reduzida para dois anos pela Relação.
Retirado de: Sol
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