Algarve, uma região discriminada



Hospital de Portimão fecha bloco de partos. Grávidas transferidas para Faro

Recorde-se que o Sindicato Independente dos Médicos tinha criticado a política de saúde do Governo para o Algarve, por considerar que a região "volta a ser discriminada", devido à não atribuição de vagas para pediatria e obstetrícia na maternidade de Portimão.

Se existem regiões onde a discriminação ainda não teve o seu fim o Algarve é uma delas, neste país centralizado e hipócrita parece existir um vício ou se calhar um esquecimento de pensamento e memória que Portugal não é só Lisboa, mas parece ser, e o resto são províncias remotas.
O Algarve para quem o conheceu e o conhece sempre foi uma região esquecida, de tal forma que em tempos chegou a ser um reino, "REINO DOS ALGARVES", o outro conseguiu libertar-se, mas este por infelicidade dos algarvios ficou amarrado.
Infraestruturas são poucas e sempre foram, desde as vias comunicação, empresas e mundo laboral, mesmo assim continua a ser muito pretendido por intrusos que aqui perfazem as suas vidas descaracterizando este pequeno rectângulo, de tal forma que irá ser irreversível o regresso à nossa cultura e costumes.
Agora vamos ao que interessa: A saúde, na saúde é assustador o que se passa, e temos como exemplo não apenas esta situação do fecho do bloco de partos do Hospital de Portimão como muitos outros que durante anos a história os conta, será isto aceito pelos algarvios? Pelos genuínos serão muito poucos, pelos híbridos não sei nem quero saber, mas é assim o Algarve, onde não se pode nascer na terra dos pais e dos avós, só na capital, a capital algarvia (FARO) em Portimão não! Porque não existem competências na área da neonatologia na referida unidade hospitalar.
Ser-se algarvio sempre foi um pesadelo, era-mos olhados como um povo de outras origens e não portugueses, mas filhas da mãe nunca nos deixaram em paz, e ainda hoje nos sacrificam, não nos largam, e quando chega o verão esta que sempre foi vista como uma colónia é lembrada de desejada para aqui deixarem o seu charme que de agradável tem  muito pouco.
Como algarvio genuíno e não híbrido só me resta ter vergonha e me sentir discriminado por uns intrusos que não nos largam e nos discriminam.

Comentários

  1. Anónimo7/7/19 23:05

    Desta vez houve uma criança que teve de ir para Évora pois não podia nascer em Faro. Não o quiseram receber pois diziam que não tinham condições. Teve de ser alentejano à força (não temos nada contra alentejanos)

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