Apenas quatro médicos aceitaram ir reforçar os cuidados hospitalares no
Algarve durante o verão, através do programa de mobilidade especial,
lançado pelo Ministério da Saúde este ano pela segunda vez. Mas a medida
voltou a ter um impacto reduzido, ainda menor do que em 2016, quando
sete médicos aceitaram a mobilidade para aquela região entre junho e
setembro - período em que se estima que a população passe dos 500 mil
habitantes para mais de 1,5 milhões.
Segundo o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar
do Algarve (CHA), que integra os hospitais de Faro e de Portimão, os
quatros médicos estarão na região em julho e agosto, devendo ficar até
meados ou final de setembro. Joaquim Ramalho disse ao DN que os
profissionais vieram de Lisboa, Viseu, Bragança e Açores e são
especialistas de anestesia, ortopedia, neurologia e medicina geral e
familiar. Só quatro clínicos não cobre as necessidades da região , ainda
mais no verão, quando a população triplica. "Temos nestas áreas
prestações de serviço ao longo de todo o ano", argumenta Joaquim
Ramalho, não esperando mais ninguém pela mobilidade até final de
setembro: "O regime foi noticiado no início do verão e quem estava
interessado e tinha disponibilidade já a manifestou".
Mais uma vez pergunto porque não nos deixam seguir o nosso caminho? Sou algarvio e com todo o orgulho, mas ao longo da minha vida sempre senti a discriminação e o desprezo por parte da potência que diz que o Algarve também é Portugal, mas é Portugal para quê? Para aqui se virem lavar no verão e sempre que lhes apetece desfrutarem desta beleza que esta terra possui.
Ao contrário desprezam-nos e humilham-nos, como se de uma colónia africana do século passado se tratasse.
O Algarve é na minha opinião nada mais nada menos que uma região que para os portugueses é visto de forma madrasta, é hoje e foi sempre, e se algo mudou foi derivado à estada de outras pessoas oriundas de alguma regiões da Europa das quais estes portugueses têm algum respeito, nomeadamente os ingleses, se não fossem esses e outros ainda estaria-mos muito piores e mais desprezados e humilhados.
No campo da saúde é triste viver-mos ao completa abandono, as infraestruturas de outros sectores são de rudimentar eficácia, e se algumas existem é derivado ao sector privado dedicado ao turismo, de onde os portugueses dizem que é o ouro português, português não, algarvio sim.
Posto tudo isto, sinto-me colonizado e explorado, sinto-me mal tratado, sinto-me humilhado e abandonado por estes portugueses que não nos respeitam e não nos tratam de igual modo e da mesma forma com que tratam as outras regiões, onde tudo fazem e pouco falta.
Mais digo e repito, porque não nos dizem para seguir-mos o nosso caminho? Se nós não interessamos como povo e como região deixem-nos procurar quem nos queira e quem nos possa tratar como um povo idóneo e não como um pouco que só serve para explorar e para colonizar.
Não aceito este trato! E digo! Sou algarvio, português? Serei ou não.............
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