A equidade dos trabalhadores do público e do privado


À semelhança do que se passava nos países onde o racismo era permitido, Portugal fá-lo em relação aos seus trabalhadores, isto é, discrimina os trabalhadores públicos dos trabalhadores não públicos, (trabalhadores do sector privado).
Como mostra o quadro acima, um trabalhador do privado para antecipar a sua reforma precisa de 60 anos de idade e 40 anos de descontos, um trabalhador do Estado precisa de 55 anos de idade e de 30 anos de descontos, ora digam-me lá se isto não é descriminação.
Acontecia isto nos países onde existia a atitude preconceituosa e discriminatória contra indivíduos de determinada(s) etnia(s), Portugal não se considera um desses países, diz-se um país de direitos iguais, trabalho igual salário igual etc, etc,
Não é verdade, neste campo e em muitos outros, o sector público tem direitos adquiridos, o que o sector privado não tem, e nem sabe o que isso é, o sector público tem um sistema de saúde que o privado não tem, o sector público tem direito à greve, o sector privado também, só que com uma diferença, o sector público faz greve e com todo o direito, mas nada lhes acontece, o patrão não lhes fica olhar, nem fecha a porta da empresa no dia seguinte, no sector privado alguém faz greve? Digam-me lá a onde e quem, se o fizessem, no dia seguinte o patrão fechava a porta, e o destino seria o desemprego, conhecem algum funcionário público a receber subsídio de desemprego ou desempregado? Eu não conhece, e nem isso é possível em Portugal.
Tanto que alguns políticos falam e falaram em equidade, ora aqui está a equidade, a equidade do socialismo atualmente existente em Portugal, são os atuais partidos de esquerda, incluindo os populares PSD e CDS que defendem esta equidade, após o 25 de Abril de 74 é o que se tem verificado.
Não sou nem estou contra ninguém, os funcionário públicos fazem-nos falta, mas existe em alguns sectores da função pública um preconceito de superioridade, sinto isso quando por lá preciso de tratar qualquer assunto, atrás do balcão da função pública esta sempre a pessoa idónea, na parte exterior está o imbecil, o indesejado, aquele que aparece para chatear, o que não sabe o que quer etc, mas há uma coisa que é o mais importante, e sem ela, a economia, o que seria deste e de todos os países? E por isso eu pergunto assim, quem paga impostos? Quem cria a riqueza? Nas horas das aflições o que se ouviu dos nossos chefes? Temos que exportar mais, temos que trabalhar mais, temos que criar riqueza, etc, por isso eu volto a perguntar, e se a economia privada parar? Digam-me! Vamos todos viver do Estado? Vamos, vamos experimentar, quem semeia os melões? Os exemplos não muito remotos, ainda não estão esquecidos, quem não se lembra da ex URSS, da China de Mau, etc.
Estes partidos de esquerda portugueses, e não só,  meus amigos valha-me Deus, incluo os PSD,s e CDS,s, estes sindicatos, portugueses e não só, valha-me Deus.
Para concluir, digo, se esta política de privilegiar a função pública não é uma forma discriminatória e xenófoba em relação ao setor privado, então que adjetivo se pode intitular? Os políticos atuais sabem muito bem em quem se apoiam, eles próprios também beneficiam com estas políticas, muitos também ou quase todos são trabalhadores do Estado, daí..............., olhem, mas como em tudo na vida existe um princípio e um fim, não se admirem de muitos fugirem aos impostos, quando temos um país e dois sistemas, onde os que produzem a riqueza são descriminados, considerados infiéis e menos idóneos, e se é esta a democracia a caminho do socialismo, então estamos muito mal, estamos em Portugal.
Quem tem emigrado? Quem emigrou no passado? Sei que no passado alguns trabalhadores públicos emigraram e até deixaram de trabalhar para o Estado para trabalharem no privado, mas foi no tempo em que não existia o socialismo em Portugal, mas mesmo assim até tinham algumas alcavalas, depois do seu esforço laboral e quando chegavam à idade de dizer basta, beneficiavam de uma reforma, enquanto os do privado iam de porta em porta pedir esmola, depois de muitos e muitos anos a trabalharem de sol a sol, ainda conheci esses tempos, tempos em que se ouvia bater à porta e se perguntava, quem é? Respondia o descriminado, é um pobrezinho! Lembram-se? Eu não me esqueço, os trabalhadores do Estado da época não o faziam, porque tinham a tal alcavala, sempre com privilégios em relação aos do privado, afinal em que ficamos?

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