E se abdicasse da desfaçatez

Maria de Belém, em resposta à polémica em torno da subvenção vitalícia diz que "eu não tenho de pedir desculpa por ter este direito ou aquele, até porque não fui eu que os atribuí.

Esta senhora que agora é candidata à PR e que como todos os candidatos, se dizem ser presidentes de todos os portugueses esta não foge à regra, dilo com certeza.
Esta senhora que quanto a mim é uma privilegiada, acaba de requerer do TC mais um privilégio, privilégio esse que se chama de subvenções vitalícias, o mesmo quer dizer que, é ter o direito a uma reforma vitalícia pelo facto de ter executado um cargo público por pelo menos doze anos, julgo eu.
Os cargos políticos não são cargos obrigatórios, são cargos que  cada um o exerce por voluntariado, não é como são os nossos empregos, em que todos temos "obrigatoriamente" que trabalhar para poder-mos ganhar o pão, na política só está quem quer, os que estão, dizem muitas vezes que estão a servir o país, sendo assim, se querem servir o país, que o sirvam de forma sem interesses materiais, e não ao inverso como esta senhora que se diz socialista, socialista? Deveria ter vergonha de empregar esse nome, porque, de socialista, quanto a mim, não tem nada, talvez por isso, o partido a que ela pertence não lhe esta a dar o apoio político.
Porque razão é que um cidadão político tem mais privilégios que outro cidadão qualquer? Diz esta senhora socialista, que nunca abdica de nenhum dos seus direitos, acho muito bem que ela assim o faça, mas chamar um direito a uma subvenção vitalícia, seria melhor que ela chamasse antes uma desfaçatez, porque é isso que ela tem, e também uma falta de respeito por todos os portugueses, e mais por aqueles que têm pensões de miséria, ordenados da miséria, e muitos passando fome, e ela que pertence a este Estado que tem tirado, e aí sim, muitos direitos a muitos portugueses, colocando-os na pobreza extrema, esta senhora vem requerer uma pensão vitalícia para ela e mais uns quantos que têm desempenhado cargos públicos, cargos esses que como disse atrás são exercidos de livre vontade, só lá está quem quer, não quem precisa e não que sejam obrigados.
Minha senhora, digo-lhe em bom português, tenha vergonha, olha para a pobreza do seu país, seja séria e diga aos portugueses quais os seus rendimentos e a sua fortuna pessoal, não nos venha roubar mais do que temos sido roubados, sabe muito bem a má vida que nós temos, por isso digo-lhe mais uma vez tenha vergonha nessa cara e desista de ser candidata à PR porque não tem classe para isso.
Como português sinto-me envergonhado, e repudie todos os políticos que pensam como a senhora, por essa razão, digo-lhe que podem existir eleições mensais, seja para o que for, mas o meu voto, nenhum de vocês o vai ter, porque vocês metem-me nojo. Termino, e pergunto-lhe, a senhora não tem vergonha de chamar a isto um direito?

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