É para isto que defendem uma banca privada

Venda do Banif foi adiada para não perturbar "saída limpa" do programa de assistência A carta, datada de 10 de dezembro de 2014 e escrita na sequência de uma reunião em Lisboa entre Margrethe Vestagen e Maria Luís Albuquerque, faz um ponto da situação do processo de venda do Banif. No documento, são avançadas soluções muito semelhantes às que foram anunciadas este domingo por António Costa, e deixa explícitos os motivos do anterior governo para o adiamento de uma solução para o Banco Internacional do Funchal.

Margrethe Vestagen escreve que o problema do Banif tinha vindo a ser adiado "devido à estabilidade financeira", e mais recentemente - estamos em dezembro de 2014 - "para não colocar em causa a saída de Portugal do Programa de Assistência Económica e Financeira", ou seja, para não perturbar a saída limpa.

Já lá vão quatro banquetas portuguesas na falência, qual será a que vem a seguir? E é para isto que esta cambada defende a banca privada? Afinal que confiança nos dá esta gente? Onde está seriedade desta cambada?

Os contribuintes portugueses, aqueles que ganham o ordenado mínimo, os quatrocentos e tal euros, e os reformados, aqueles que ganham os duzentos e cinquenta euros, mais uma vez a pagarem os erros dos salafrários capitalistas, agora vamos pagar mais três mil milhões de euros para salvar este Banif falido.

Sendo assim, porque privaram esta merda toda? Já que temos que pagar o que é privado, então que se nacionalize, num país com um misere número de habitantes para quê tantas banquetas? Será que isto é irracional dizer-se que existem bancos a mais em Portugal? Tanta oferta para tão poucos clientes, no que dá? Leva à falência de quem oferece, ou não será? Nacionalize-se as banquetas portuguesas, e só assim se acaba com estas fraudes, que pelos vistos têm sido protegidas pelos próprios governos.

Porque razão têm os contribuintes de pagar uma actividade que é privada? A vergonha maior é que todas as outras empresas que têm ido falência não têm esta protecção, porquê, que vergonha! Só e apenas defendem os postos de trabalho das banquetas falídas, então e todas as outras empresas que têm fechado portas e os seus empregados colocados no desemprego? Discriminação pura e simples, ser-se empregado bancário está visto que é um privilégio, assim é Portugal e as suas discriminações, que vergonha. Merda!